Primeira parte da venda da Macklowe Collection alcança US$ 676,1 milhões na Sotheby’s

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A venda de 35 lotes, resultado do amargo divórcio do casal, foi o maior teste do mercado de arte de alta qualidade desde março de 2020

Em um dos leilões mais esperados do mercado de arte, a primeira parte da coleção de Harry e Linda Macklowe, agora divorciados, arrecadou US$ 676,1 milhões na Sotheby’s, em Nova York. Todo o conjunto de 35 obras foi vendido, superando a estimativa inicial que oscilava entre US$ 439,4 e US$ 618,9 milhões.

Esta foi a primeira fatia de um total de 65 obras das propriedades dos Macklowes – que estão sendo vendidas como parte de uma ordem judicial emitida durante o processo de divórcio do casal – a ser oferecida na sede da casa em Nova York. Uma segunda venda independente dedicada às obras restantes está programada para ocorrer em maio de 2022.

A venda foi o maior teste do mercado de arte desde que o mundo entrou em lockdown, há cerca de 19 meses. Embora o clima na sala fosse moderado e a competição por muitos dos lotes fosse relativamente esparsa, apostas internacionais de 25 países impulsionaram os resultados. Quatro obras de arte renderam mais de US$ 50 milhões e o preço médio dos lotes foi de espantosos US$ 19,3 milhões.

Entre as obras que alcançaram o preço mais alto estava o nº 7 (1951), de Mark Rothko (imagem ao lado), vendido por US$ 82 milhões. É a segunda obra mais cara de Rothko vendida no mercado aberto e quase ultrapassou o recorde do artista em leilão, estabelecido em 2012 quando Orange, red, yellow (1961) foi vendido na Christie’s.

Um recorde foi estabelecido para Jackson Pollock, cuja pintura Número 17 (1951) foi vendida por espantosos US$ 61 milhões, mais do que o dobro da estimativa de US$ 25 milhões, superando o o recorde anterior do artista de US$ 58,4 milhões, estabelecido em 2013 para Número 19 (1948) na Christie’s de Nova York.

Entre os lotes também estavam obras de Giacometti, Willem de Kooning, Agnes Martin, Gerhard Richter, Cy Twombly e Andy Warhol.

A Sotheby’s trabalhou duro para garantir as vendas. Além das garantias oferecidas, a casa de leilões enviou as obras em turnê por Taipei, Hong Kong, Tóquio, Xangai, Londres, Los Angeles e Paris antes de chegarem a Nova York. Mais de 27.000 pessoas assistiram às pré-visualizações em todo o mundo.

O grande número de obras-primas oferecidas ao mesmo tempo era sem precedentes, de acordo com Oliver Barker, o leiloeiro da noite. “Esta noite foi o tipo de leilão com que os leiloeiros sonham”, disse ele após o evento. “Provavelmente é uma experiência única na vida.”

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