O júri selecionou um grupo de mulheres e artistas não-binários para o prêmio

O Turner Prize, o prêmio de artista mais prestigiado e muitas vezes controverso do Reino Unido, revelou os quatro indicados para a edição deste ano. Entre eles está um participante da atual Whitney Biennial, em Nova York.

Dedicado a artistas estabelecidos no Reino Unido, o Turner Prize tem gerado controvérsia regularmente porque seus indicados e vencedores tendem a produzir arte hiperconceitual. Os quatro indicados deste ano são Heather Phillipson, Ingrid Pollard, Veronica Ryan e Sin Wai Kin.

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Este ano, uma exposição do trabalho dos indicados acontecerá na Tate Liverpool, marcando a primeira vez em 15 anos que a mostra será realizado lá. Quando a Tate Liverpool sediou a mostra Turner Prize em 2007, também foi a primeira vez que uma instituição fora de Londres sediou a exposição. Nos últimos anos, a exposição foi realizada em locais espalhados pelo Reino Unido.

Sin Wai Kin, A Dream of Wholeness in Parts (still) 2021 © the artist. Courtesy the artist, Chi-Wen Gallery, Taipei and Soft Opening, London. Produced by Chi-Wen Productions, Taipei. Supported by Hayward Gallery Touring for British Art Show 9

O vencedor do Turner Prize recebe £ 25.000 (US$ 32.500), e os outros indicados na lista recebem £ 10.000 (US$ 13.000). Os vencedores anteriores incluem alguns dos artistas mais conhecidos da atualidade, incluindo Lubaina Himid, Damien Hirst, Anish Kapoor, Steve McQueen e Wolfgang Tillmans.

As últimas três edições do Turner Prize fugiram do padrão. Em 2019, os indicados compartilharam o prêmio em vez de nomear um vencedor; em 2020, o prêmio foi cancelado e as doações foram concedidas; e em 2021, apenas coletivos foram indicados.

Nada no anúncio atual indicava que algo fora do convencional aconteceria este ano.

“Com tantos museus e galerias reabrindo em maio de 2021, foram 12 meses fantásticos para a arte britânica contemporânea, como demonstrado por esta lista de finalistas do Turner Prize, rica e variada”, disse Alex Farquharson, diretor da Tate Britain e co-presidente do Comitê de indicação do Prêmio Turner. “A arte proporcionou prazer e fuga muito necessários ao longo do ano passado, mas também ajudou a nos reconectar uns com os outros e com o mundo ao nosso redor, como as práticas dos quatro artistas selecionados exemplificam de várias maneiras. Parabenizo os quatro artistas por suas brilhantes contribuições e mal posso esperar para ver sua exposição na Tate Liverpool”.

THE END, de Heather Phillipson no Trafalgar Square’s Fourth Plinth. Credit: David Parry/PA Wire

Os indicados ao Prêmio Turner 2022 são:

• Heather Phillipson, uma artista amplamente conhecida no Reino Unido cuja prática combina poesia, vídeo e escultura para formar o que ela chama de “experiências de pensamento quântico”, ou matrizes densamente montadas de imagens e textos que, por algum motivo, muitas vezes envolvem cães.
• Ingrid Pollard, cujas esculturas, filmes e peças sonoras se baseiam em representações tradicionais da paisagem britânica e consideram mudanças climáticas, raça e nacionalidade.
• Veronica Ryan, cujas esculturas e instalações espelham sentimentos de alienação e deslocamento, muitas vezes por meio de objetos que borram a linha entre objetos prontos e originalmente criados. Atualmente é participante da Whitney Biennial.
• Sin Wai Kin, cujos vídeos e performances usam drags para embaralhar a forma como entendemos as imagens das pessoas ao nosso redor. Nascidas em 1991, é a artista mais jovem, por uma margem significativa, a ser indicado ao Prêmio Turner deste ano.