Turner Prize de 2020 é cancelado e substituído por fundo destinado a artistas

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Em virtude da pandemia, os organizadores do Turner Prize renunciam à edição deste ano e concedem prêmios a 10 artistas britânicos

O prestigiado Turner Prize não será concedido este ano. Ao invés de anunciar os artistas selecionados para o prêmio de arte contemporânea, os organizadores optaram por cancelar a exposição, que aconteceria entre 30 de setembro e 3 de janeiro de 2021 e apresentaria os trabalhos dos artistas indicados. Assim, o fundo do programa, no valor de US$ 123 mil, será dividido em bolsas de US$ 12 mil, que serão distribuídas a dez artistas afetados pela pandemia do Covid-19.

“O fechamento das galerias e medidas de distanciamento social são de vital importância, mas também estão causando transtornos na vida e nos meios de subsistência dos artistas”, disse Alex Farquharson, diretor da Tate Britain e presidente do júri do prêmio. “As práticas de organização de uma exposição do Turner Prize são impossíveis nas circunstâncias atuais, por isso decidimos ajudar e apoiar ainda mais artistas durante esse período excepcionalmente difícil”.

Como coletivo, os quatro artistas pleitearam o prêmio e foram atendidos pelo juri

Como coletivo, Lawrence Abu Hamdan, Helen Cammock, Oscar Murillo e Tai Shani pleitearam o prêmio e foram atendidos pelo juri, recebendo o Turner Prize em 2019

O programa anual de premiação selecionaria, em dezembro, um vencedor para o grande prêmio de mais de US$ 30 mil e ofereceria aos demais finalistas cerca de US$ 6 mil em prêmios, para cada um. No ano passado, a exposição foi realizada na Turner Contemporary, em Margate, com o prêmio destinado a todos os quatro indicados ao prêmio – Lawrence Abu Hamdan, Helen Cammock, Oscar Murillo e Tai Shani – depois que os artistas pediram ao júri que os considerasse um coletivo, já que todos compartilham do compromisso com causas sociais. A mostra deste ano estava programada para retornar à Tate Britain.

Para escolher os finalistas, o júri composto por Richard Birkett, curador do Institute of Contemporary Arts, em Londres; Sarah Munro, diretora do Centro BALTIC de Arte Contemporânea em Gateshead; Fatos Üstek, diretor da Bienal de Liverpool; e o designer e curador Duro Olowu, visitaram centenas de exposições em todo o mundo nos últimos doze meses. O júri será agora responsável pela seleção dos dez destinatários das bolsas.

“Agradeço aos visitantes, que certamente ficarão desapontados por não haver o Prêmio Turner este ano”, disse Farquharson. “Mas todos esperamos que ele volte em 2021”.

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