MoMA de Nova York fecha por quatro meses para renovação

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A nova configuração do museu deverá mudar a apresentação de sua coleção permanente

O MoMA anunciou que permanecerá fechado por quatro meses, a partir de junho, para completar sua ambiciosa expansão de US$ 400 milhões – reabrindo com uma apresentação reorganizada de sua coleção, que apresentará mais trabalhos de artistas modernos e contemporâneos pouco reconhecidos.

A paralisação, que acontece entre 15 de junho e 21 de outubro, será necessária para “casar a nova arquitetura com a arquitetura existente”, derrubando paredes, disse o diretor do MoMA, Glenn Lowry, em um evento para a imprensa. A expansão irá adicionar cerca de 4 mil m² de espaço expositivo, assim como uma entrada “mais acolhedora”, que conecta o museu de forma mais fluida ao seu entorno, observou ele.

O museu também anunciou uma doação de US$ 200 milhões do espólio do banqueiro e filantropo David Rockefeller, membro do conselho do MoMA por mais de 60 anos e presidente do conselho, que morreu em 2017.

Uma rederização da nova entrada do MoMA, que deve abrir em 21 de outubro

Uma rederização da nova entrada do MoMA, que deve abrir em 21 de outubro

Uma nova configuração das galerias permitirá ao MoMA distribuir as divisões atuais entre os departamentos, misturando pintura, escultura, mídia mista, fotografia, cinema, arquitetura, design e trabalhos em papel. Por exemplo, ele vai liberar o museu para pendurar uma pintura icônica como A Noite Estrelada (1889), de Van Gogh, nas proximidades de um filme antigo daquele período, disse Ann Temkin, curadora-chefe de pintura e escultura do museu. As exibições serão alternadas a cada seis e nove meses e “estarão em constante fluxo”, acrescentou ela.

Uma linha cronológica unirá as galerias do segundo, quarto e quinto andar do museu. “Figuras que antes pareciam secundárias agora parecem primárias”, disse Temkin, enquanto o museu conta histórias simultâneas que vão da Europa à Ásia, à América Latina e além.

Outros destaques da expansão incluem um “Studio” de pé direito duplo, para programação ao vivo e experimental no coração das galerias, e “Platform”, um espaço no segundo andar onde os visitantes podem fazer arte, participar de conversas e de experiências educacionais.

O MoMA planeja reabrir com exposições individuais de Betye Saar e Pope L., além de uma retrospectiva de arte latino-americana com trabalhos doados ao MoMA por Patricia Phelps de Cisneros. Também será vista a primeira de uma série de instalações com curadoria do Studio Museum of Harlem, que atualmente está fechado, enquanto abre caminho para a construção de sua nova casa.

Embora o MoMA pareça decidido a desafiar uma narrativa bem usada, a reorganização da coleção remete ao espírito experimental de Alfred H. Barr Jr., o diretor fundador do museu, de acordo com Lowry. “O valor real dessa expansão não é apenas mais espaço, mas espaço que nos permite repensar a experiência da arte no museu”, acrescentou.

Via The Art Newspaper

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