O CEO Tad Smith considerou este um momento histórico para a casa de leilões de 275 anos
Os acionistas da Sotheby’s aprovaram a oferta de aquisição do bilionário Patrick Drahi durante uma reunião especial em Nova York no dia 5 de setembro de 2019. Espera-se que o acordo seja fechado até o final de 2019 e tornará a Sotheby’s uma empresa privada, após três décadas de operar publicamente na Bolsa de Valores de Nova York. Como parte da venda para a BidFair USA, uma empresa de propriedade exclusiva da Drahi, os acionistas da Sotheby receberão US$ 57 por ação, em uma transação com um valor corporativo de US $ 3,7 bilhões.
Patrick Drahi
“A oferta de Drahi oferece um prêmio significativo ao mercado para nossos acionistas, incluindo nossos funcionários, e posiciona a Sotheby’s para o futuro”, disse Domenico De Sole, presidente do conselho de administração da casa de leilões, em um comunicado.
Cerca de 91% dos votos na reunião foram a favor da venda a Drahi, segundo Katya Kazakina, da Bloomberg. Antes da votação, quatro acionistas haviam movido ações contra a casa de leilões, alegando que não haviam recebido informações suficientes para tomar uma decisão assertiva. A Sotheby’s afirmou que os processos eram “esperados e rotineiros”.
As ações da Sotheby’s aumentaram drasticamente em meados de junho, depois que as notícias da fusão foram anunciadas. Imagem via Yahoo Finance
Tad Smith, CEO da Sotheby, disse: “Este é um momento histórico para a Sotheby’s e estamos muito satisfeitos por ter a validação dos acionistas da empresa. A Sotheby’s está a caminho de mais uma temporada forte, com leilões pendentes a serem realizados em Hong Kong e vendas de arte contemporânea que inaugurarão nosso espaço recém-renovado na Bond Street, em Londres, no início do próximo mês”.
A transição da Sotheby’s para uma empresa privada permitirá que ela concorra mais diretamente com a arqui-rival Christie’s e acabará com uma das mais transparentes fontes do mundo da arte em termos de dados de mercado – divulgações públicas e relatórios trimestrais não estarão mais disponíveis. Resta ver o que as mudanças que Drahi – um empresário francês-israelense com um patrimônio líquido de US $ 10,7 bilhões – trará para a empresa.
