Casa Triângulo revela nova etapa na produção do carioca Eduardo Berliner

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Artista apresenta individual de 17 óleos sobre tela e 3 desenhos inéditos. Texto de Daniela Labra salienta a valorização de uma nova palheta e utilização de grandes campos cromáticos. Abertura hoje, às 12 horas.


Eduardo Berliner, Guindastes, 2010 (óleo s tela 170 x 170 cm)

A galeria Casa Triângulo inaugura hoje a primeira mostra mostra individual de Eduardo Berliner, com 17 pinturas em óleo sobre tela e 3 desenhos sobre papel. Com texto de apresentação da crítica e curadora Daniela Labra, a mostra traz a público a recente produção do artista carioca, que tem se destacado no cenário brasileiro com a itinerância nacional do Prêmio CNI-SESI Marcantonio Vilaça, e internacional, com obras recentemente adquiridas pela Saatchi Gallery (Inglaterra) e pela Drake Collection (Holanda).

Segundo Daniela, a palheta cromática desta mostra engana o olhar, com sua frieza e tons mais sóbrios que aqueles de séries anteriores. Para a crítica, as situações ora retratadas pelo artista trazem assuntos banais, aparentemente pouco complexos, mas ainda assim perturbadores pela economia de elementos, a ausência do referencial humano, sugerindo uma temporalidade estática.

Em texto, a crítica afirma: “o grande mote de sua obra pictórica é a própria pintura, com sua fatura, o seu procedimento e as possibilidades visuais e narrativas a serem alcançadas nesse suporte tão tradicional – mas sempre aberto a novas investidas estilísticas”. “Esta nova série representa outra etapa em sua obra pictórica, anteriormente marcada pela fatura raivosa e pela justaposição de diversos elementos e técnicas. Outro componente importante era a materialidade da tinta óleo, usada em grossas camadas. Neste momento, contudo, a superfície homogênea é mais valorizada (…). Este novo modo de aplicar a tinta, contudo, diz respeito tanto ao referencial imagético e temático da composição, quanto à vontade consciente de explorar novos desafios na difícil prática de retornar à pintura para conseguir tocar no mundo”, arremata Daniela.

Eduardo Berliner (Rio de Janeiro, Brasil, 1978) é um dos artistas mais destacados no atual cenário das artes visuais brasileiras. Teve suas obras adquiridas pela renomada Saatchi Gallery (Londres), Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro), Banco Itaú (São Paulo) e pela Drake Collection (Wassenaar). Participa da mostra itinerante Prêmio Marcantônio Vilaça 2010. Realizou mostras individuais nas galerias Durex (Rio de Janeiro, 2008) e Laura Marsiaj (Rio de Janeiro, 2005); participou das coletivas Se a pintura morreu o MAM é um céu! (MAM Rio de Janeiro, 2010), Investigações Pictóricas (MAC Niterói, 2009), Desenho em Todos os Sentidos (SESC Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, 2008), Novas Aquisições da Coleção Gilberto Chateaubriand (MAM-RJ, 2007) e 30º Salão de Arte de Ribeirão Preto (2005).

Exposição individual de Eduardo Berliner
até 16 de outubro de 2010 na Casa Triângulo
Rua Paes de Araújo, 77, Itaim, São Paulo
www.casatriangulo.com

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