Centre Pompidou planeja seu primeiro posto avançado norte-americano

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A filial satélite deve ser inaugurada no início de 2024, mesmo período em que a instituição original, em Paris, deve fechar suas portas para reformas

O Centre Pompidou anunciou a intenção de abrir um museu satélite em um prédio industrial centenário, de quatro andares, no distrito de Journal Square em Jersey City, New Jersey. Se a proposta for aprovada pela Câmara Municipal, a filial será aberta em 2024 com um contrato de cinco anos entre a cidade e o museu parisiense, e será o primeiro posto avançado da instituição na América do Norte.

Centre Pompidou x Jersey City, como está sendo chamado, estará localizado a poucos passos da parte baixa de Manhattan, do outro lado do rio Hudson. Como as outras filiais satélite do museu – Centre Pompidou Málaga, na Espanha; KANAL Centre Pompidou, na Bélgica; e Centre Pompidou Shanghai, na China, o posto avançado americano terá acesso aos curadores do Pompidou e uma coleção de cerca de 120.000 obras de arte, porém deverá operar de forma semi-independente, ao contrário dos demais.

Centre Pompidou Shanghai

Centre Pompidou Shanghai

O plano foi anunciado através de uma coletiva de imprensa conjunta entre o prefeito de Jersey City, Steven Fulop, o governador de Nova Jersey, Phil Murphy, e o presidente do Pompidou, Serge Lasvignes.

Em comunicado, Lasvignes chamou a filial de uma “iniciativa ambiciosa”, observando que ele e sua equipe aplicarão as lições aprendidas em outras localidades do museu nesta que será a primeira filial da América do Norte.

Para o Paris Pompidou, essa data pode ser especialmente conveniente. A localização principal do museu, projetada por Renzo Piano e Richard Rogers, será fechada no final de 2023, passando por uma renovação completa de quatro anos e US$ 243 milhões.

Construído em 1912 como parte de um complexo de bondes, a futura casa do Centre Pompidou x Jersey City, chamada de edifício Pathside, possui quatro andares e 5388m². A cidade comprou a estrutura por US$ 9 milhões em 2018, evitando que fosse convertida em condomínios de luxo. O plano, explicou Fulop na coletiva de imprensa, era converter o espaço em um importante destino cultural.

Em seguida, a tarefa foi encontrar um parceiro internacional para adaptar seu próprio programa nos Estados Unidos. Fulop e sua equipe contrataram a OMA, escritório de arquitetura fundado por Rem Koolhaas, para facilitar essa parceria. Foi quando o Pompidou entrou.

“Não há dúvida de que no ano passado a pandemia mudou as cidades para sempre. Em todo o país, vemos cidades decidindo como vão se retrair e ressurgir mais fortes”, disse Fulop. “Em Jersey City, sei que as artes e a cultura serão a espinha dorsal do que tornará a nossa cidade desejável”.

Fonte: Artnet

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