Louvre e Sotheby’s se unem para rastrear proveniência de obras de arte

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A parceria entre as duas instituições foi estabelecida para pesquisar a origem de obras compradas durante a Segunda Guerra Mundial

A Sotheby’s e o Museu do Louvre anunciaram uma parceria onde a leiloeira, durante pelo menos três anos, apoiará o museu francês nas suas atividades de investigação da proveniência de obras adquiridas pelo museu entre 1933 e 1945.

Na declaração em que anuncia a parceria, o museu aponta que a Sotheby’s foi pioneira na restituição de obras vendidas à força ou espoliadas. O departamento de restituição da Sotheby’s foi fundado em 1997, tornando a casa de leilões a primeira a dedicar uma divisão à essa área de pesquisa. O departamento realiza revisões de registros de propriedade de obras consideradas para venda, muitas vezes facilitando mediações entre vendedores e herdeiros legais que trazem obras restituídas para leilão público. O acordo marca a “primeira parceria formal” da casa de leilões com uma grande instituição na área de restituição, disse um porta-voz da Sotheby’s Paris em um comunicado por e-mail à ARTnews.

De acordo com a casa de leilões, o departamento ajudou a resolver problemas relacionados a centenas de obras de arte com um valor agregado de quase US$ 1 bilhão.

Em 2020, o museu contratou a historiadora Emmanuelle Polack para investigar algumas das obras de sua coleção que foram adquiridas nos anos que antecederam e durante a Segunda Guerra Mundial. Ele identificou dez peças no acervo do museu que passaram pelas mãos de um colecionador forçado a fugir de Paris durante a ocupação nazista.

Cerca de 14.000 obras poderão ter suas procedências examinadas por meio do convênio. As obras que serão investigadas são geridas pelo Louvre e sob a gestão dos museus nacionais franceses.

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