Arquiteto coreano Minsuk Cho apresenta projeto para o Serpentine Pavilion de 2024

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Serpentine revelou que o arquiteto de Seul e sua empresa Mass Studies foram selecionados para projetar o 23º Serpentine Pavilion

Uma estrela de cinco pontas pousará nos Jardins de Kensington, em Londres, esticando seus braços irregulares com telhado inclinado em direção às árvores. Uma ala abrigará uma casa de chá, outra uma pequena biblioteca, enquanto uma terceira se elevará acima de um playground com redes laranjas.

O 23º pavilhão anual da Serpentine Gallery, com inauguração prevista para junho, é obra do arquiteto sul-coreano Minsuk Cho e de sua empresa Mass Studies. Primeiro arquiteto coreano a ser selecionado para a prestigiada comissão, ele planeja criar um conjunto de estruturas que se baseiam na arquitetura vernácula de madeira de seu país, bem como na história local de Kensington.

“Olhamos para todos os pavilhões que vieram antes de nós”, diz Cho, “e percebemos que eram, em sua maioria, objetos independentes, colocados no centro do gramado. Queríamos abordar de forma diferente, por isso decidimos criar um vazio no meio do terreno e chamar a atenção para a periferia.”

Vazio arquipelágico

Intitulado “Archipelagic Void”, o pavilhão será composto por cinco “ilhas” dispostas em torno de uma área circular aberta. Este espaço central de oito metros de largura ficará vazio, lembrando um madang, o pequeno pátio encontrado nas casas tradicionais coreanas, de onde se abrirão as diferentes alas, cada uma com identidade própria.

Serpentine Pavilion 2024 projetado por Minsuk Cho, Mass Studies. Renderização de design, vista exterior. Foto © Mass Studies Cortesia: Serpentine

Um volume semelhante a um celeiro com 20 metros de comprimento se estenderá em direção à Serpentine Gallery, abrigando um salão de eventos para 200 pessoas, enquanto uma ala da galeria em policarbonato se estenderá ao sul, oferecendo um espaço expositivo para um artista convidado. A pequena sala da biblioteca ficará voltada para o norte – inspirada na cultura dos pavilhões de livros que surgiram recentemente nos parques de Seul – ao lado de uma casa de chá escura e baixa. “Havia a necessidade de um local para servir café”, brinca Cho, “mas queremos que as pessoas voltem a beber chá – afinal, esse era o uso original do prédio do Serpentine”.

Ecoando a construção tradicional coreana, os pavilhões serão construídos com estruturas modulares de madeira, com postes verticais apoiados em blocos de pedra (neste projeto, feitos de concreto), cuja altura variará para acomodar a inclinação do local.

Diferentes atmosferas serão criadas pelas variadas alturas e perfis do telhado, bem como detalhes como as janelas de policarbonato em tons fúcsia no celeiro e a cobertura cor de tangerina acima do cenário lúdico. No conjunto, promete ser uma colagem intrigante, um curioso carrossel de estruturas díspares que colidem com um abandono energético. “É como um relógio de sol”, diz Cho, “com condições em constante mudança entre as diferentes alas”.

 

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