Damien Hirst vai queimar cerca de 4.800 obras durante exposição em Londres

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Os desenhos em chamas serão o clímax de ‘The Currency’, experimento do artista com NFTs

Damien Hirst é famoso por suas obras controversas, como um tubarão ou uma ovelha cortada ao meio em tanques de formaldeído, mas afirma que seu novo projeto NFT é “de longe, o mais emocionante”.

“The Currency”, como é chamado, vem oferecendo 10.000 NFTs exclusivas para colecionadores, que devem escolher entre manter o token ou um trabalho original em papel – mas nunca, os dois.

O prazo para a escolha, que encerra em 28 de julho, chega com o anuncio de que Hirst vai queimar qualquer uma das obras de arte físicas que não foram retiradas em troca de um token.

A destruição das obras acontecerá durante uma exposição, também intitulada “The Currency”, na Newport Street Gallery, em Londres, a partir de 9 de setembro.

Damien Hirst, Love Still Burns (2016). Photo: Prudence Cuming Associates Ltd. Courtesy of Damien Hirst and Science Ltd. All rights reserved, DACS 2022.

Damien Hirst, Love Still Burns (2016). Photo: Prudence Cuming Associates Ltd. Courtesy of Damien Hirst and Science Ltd. All rights reserved, DACS 2022.

“As obras de arte serão queimadas em um horário específico a cada dia durante a exibição. Esses horários serão divulgados com antecedência”, dizia um comunicado do artista. Durante a Frieze Week, em outubro, a galeria realizará um evento de encerramento para queimar as obras restantes, com a presença de Hirst.

Hirst fez as obras físicas em 2016 usando tinta esmalte sobre papel artesanal. Cada trabalho é numerado, intitulado, carimbado e assinado pelo artista no verso. Recursos adicionais de autenticidade incluem uma marca d’água, um microponto e um holograma contendo um retrato do artista. Nenhuma cor é repetida duas vezes em qualquer arte final.

Os títulos foram gerados por meio de um programa de aprendizado artificial usando algumas das letras de músicas favoritas do artista, incluindo “Well my pit”, “Dream about go down”, “Open the canyons” e “Love is born here”.

O primeiro relatório aponta que, entre 30 de julho e 31 de agosto de 2021, houve 2.036 vendas de “The Currency”, totalizando US$ 47,9 milhões. Em comparação, no mês passado ocorreram apenas 170 vendas, totalizando US$ 1,4 milhão. No entanto, a revenda de obras físicas parece estar se saindo melhor. Em janeiro, uma das pinturas originais foi vendida na Phillips London por £ 18.900 ($ 26.000).

De acordo com uma contagem recente, os números pendem a favor dos NFTs com 5.713 tokens, contra 4.219 negociados em obras de arte físicas.

Via Artnet

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