Espaço será inaugurado em outubro, no mesmo bairro do Museu Magritte e de outra filial brasileira, da Mendes Wood DM
A Galeria Jaqueline Martins, que nos últimos nove anos se estabeleceu como uma das galerias mais vanguardistas de São Paulo, ajudando a reviver a carreira de muitos artistas brasileiros esquecidos e desconhecidos, vai abrir um novo espaço em Bruxelas no próximo mês.
O espaço de 750m² será inaugurado em 17 de outubro com uma mostra individual do artista Hudinilson Jr. Localizado no bairro de Sablon em Bruxelas, será vizinho de nomes como Jan Mot, Gladstone Gallery e também a galeria brasileira Mendes Wood DM, além do Musée Magritte. Yuri Oliveira, que ingressou na galeria no ano passado e já havia trabalhado na Galeria Luciana Brito de São Paulo, se tornará sócio e chefiará a operação belga de Martins.
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A galeria tem uma forte base de clientes na Europa, particularmente na Bélgica, que conquistou com sua participação em feiras de arte, incluindo Art Basel, Frieze London, Frieze New York e Arco Madrid. Jaqueline Martins também foi fundamental na organização da iteração da Condo, programa de compartilhamento de galerias, em São Paulo.
Hudinilson Jr., “Narcisse” Exercício de Me Ver, 1982, documentação fotográfica de performance
Martins passou cerca de um ano, entre 2009 e 2010, fazendo pesquisas profundas no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. Foi lá que ela conheceu o trabalho de alguns dos artistas de vanguarda do Brasil – em particular Hudinilson Jr., Letícia Parente e Regina Vater – que haviam sido bem conhecidos nas décadas de 1960, 1970 e 1980, mas cujas contribuições e as práticas experimentais – em áreas como vídeo e performance – foram esquecidas ou negligenciadas.
A segunda exposição em Bruxelas está programada para o final de janeiro 2021, com a artista Ana Mazzei, que ganha individual também no espaço de São Paulo em 26 de setembro deste ano. Para esta exposição está prevista a colaboração de artistas de teatro, música e dança, com performances e happenings acontecendo de forma silenciosa e se revelando na documentação fotográfica da exposição.
