Barreiras de acrílico, desinfetante e sistema digital de reserva: a reabertura das galerias de Nova York

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Como as galerias novaiorquinas estão se adaptando e se prevenindo para receber seus visitantes com segurança

Depois do lockdown em Nova York, causado pela pandemia, as galerias permaneceram fechadas por meses. Agora, à medida que a cidade vê a reabertura, esses espaços artísticos estão começando a reabrir suas portas com grandes medidas de segurança. Além do agendamento prévio, via internet, para visitação, algumas galerias tomaram precauções extras de outros tipos – como a adequação dos espaços físicos.

A James Cohan, por exemplo, instalou uma janela de acrílico na recepção de seus dois espaços e agora exige que os visitantes forneçam seus dados de contato. Foi uma das primeiras a reabrir, em 23 de junho, com a exposição de Firelei Báez.

Kate Shepherd, "Guest" (2019), em exposição na Lelong

Kate Shepherd, “Guest” (2019), em exposição na Lelong

A Kasmin, que reabriu com horário reduzido, também começou a permitir visitantes – e a fazer alterações em seus negócios. Seu sistema de agendamento online lista cerca de uma dúzia de protocolos de saúde e segurança adotados pela galeria; os visitantes devem concordar em segui-los. De acordo com as novas diretrizes, a galeria oferecerá luvas e desinfetante para as mãos na recepção, limitará a quantidade de visitantes à galeria a apenas três por vez e fará a triagem de sua equipe antes da entrada na galeria. Todos os visitantes devem usar máscaras.

“Há um sentimento de cautela, mas também renascimento e renovação”, disse o diretor da Kasmin, Nick Olney. “Começar lentamente a se reunir é maravilhoso, mas todos sabemos que precisamos encarar os dias, um de cada vez, e ser realmente cuidadosos”.



No entanto, alguns já anseiam pelo dia em que este sistema de reservas não será mais necessário. Martha Fleming-Ives, diretora da Greene Naftali, disse que sua galeria espera que esta seja uma “medida temporária”. O negociante Casey Kaplan, que administra um espaço no Chelsea, disse que entende que nem todos os visitantes ficarão à vontade com as diretrizes em vigor. “Continuaremos a nos envolver e nos conectar com a comunidade por meio de nossas novas iniciativas online”, disse ele.

Mary Sabbatino, vice-presidente e parceira da Galerie Lelong & Co., disse que, desde que foi reaberta em 30 de junho, a galeria não teve “mais visitantes do que poderíamos receber com segurança”. Ela acrescentou: “É claro que os quatro ou cinco visitantes que estamos vendo diariamente são muito menos do que os pré-Covid, mas cada um deles é ainda mais precioso para nós. Todo mundo parece feliz em ver a arte pessoalmente e estamos felizes em falar sobre arte com as pessoas pessoalmente e não através do Zoom”.

Nem todas as galerias foram tão rigorosas, no entanto. Derek Eller, cuja galeria homônima fica na Broome Street, disse que sua galeria não restrições aos visitantes. “Se alguém aparecer na porta usando máscara e não houver muitas pessoas dentro, ficaremos felizes em deixá-la entrar”, disse Eller.

Peter Freeman também não estabeleceu exigências, mas limitou a cinco visitantes simultâneos, o que seu proprietário considera ser “bastante razoável para o público, dado o tamanho do espaço da galeria”.

“Queríamos deixar as pessoas visitarem espontaneamente”, disse Freeman em um telefonema ao ArtNews. “Não esperávamos um número esmagador de visitantes e, até agora, não houve problema. Não fazia sentido desanimar alguém, criando etapas que provavelmente não seriam necessárias”.

Freeman continuou: “Para nós, a reabertura foi importante, porque a galeria define muito do que fazemos pela interação pessoal com obras de arte reais. Estar aberto, para nós, é fundamental”.

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