Manifesta nomeia equipe artística para sua edição de 2020, em Marselha, França 

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A escolha de uma equipe multidisciplinar reflete a necessidade de integrar o evento ao contexto social, cultural e político da cidade-sede

Uma nova equipe artística foi selecionada pelo diretor da Manifesta, Hedwig Fijen, para comandar a Manifesta 13. O anúncio segue a nomeação do arquiteto Winy Maas e da MVRDV, que conduzirão um estudo preparatório da cidade francesa para receber a bienal.

A próxima edição do evento aplicará a mesma abordagem inovadora introduzida na Manifesta 12 de Palermo, onde um estudo urbano aprofundado precedeu a nomeação de quatro Mediadores Criativos transdisciplinares, que colaboraram para integrar genuinamente a bienal no tecido social, cultural e político da cidade. Este modelo terá continuidade na Manifesta 13, que acontecerá em Marselha, com a intenção de desbloquear a cidade e deixar um legado tangível como foi realizado em Palermo.

Esta é a primeira vez que a Manifesta vai realizar uma edição bienal na França. Refletindo intensamente os atuais desafios geopolíticos que tanto a Europa quanto a França enfrentam, e especificamente Marselha como uma cidade de muitas contradições, essa metrópole mediterrânea oferece uma localização apta para a realização da Bienal Nômade Europeia de 2020.

Da esquerda para a direita: Alya Sebti, Katerina Chuchalina, Marina Otero Verzier e Stefan Kalmár

Da esquerda para a direita: Alya Sebti, Katerina Chuchalina, Marina Otero Verzier e Stefan Kalmár

A equipe anunciada é composta por:

  • Alya Sebti, marroquina, Diretora da ifa Gallery de Berlim; foi recentemente a curadora convidada da 13ª Dak’Art, Bienal de Arte Africana Contemporânea e diretora artística da 5ª Bienal de Marrakech);
  • Katerina Chuchalina, russa, curadora-chefe da Fundação V-A-C em Moscou e Veneza;
  • Marina Otero Verzier, arquiteta espanhola, é diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da Het Nieuwe Instituut em Roterdã, Holanda;
  • Stefan Kalmár, alemão, é atualmente diretor do ICA em Londres, ex-diretor do Artists Space New York City, e Kunstverein München, e ex-residente de Marselha, onde viveu por 12 anos.

Em comunicado, o diretor da Manifesta, Hedwig Fijen, disse: “Na continuação da abordagem temática e modelo da Manifesta 12 em Palermo, procuramos outra cidade central do sul do Mediterrâneo, historicamente importante, permitindo nos envolver com as questões globais e locais urgentes do século XXI. Esta segunda cidade da França parece estar sempre posicionada como a cidade “de fora”, caracterizada por muitas contradições, já que muitos cidadãos se consideram primeiro marselheses e, em segundo, franceses. No entanto, Marselha, com o multiculturalismo de sua grande cidade portuária, e todas as suas complexidades e lutas, é para nós talvez o teste final de como Marselha, França e Europa estão enfrentando os conflitos mais importantes do nosso tempo. A equipe artística nomeada tem a nossa confiança para criar uma resposta crítica ao estado atual das coisas na Europa e uma visão artística de como podemos olhar para as questões globais através do espectro de Marselha”.

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