Luciana Brito é a mais recente galeria brasileira a inaugurar um espaço em Nova York

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Como uma saída para a crise do país, aliada à crescente atenção aos artistas brasileiros, alguns galeristas abriram espaços em Manhattan em busca de novos negócios

A galerista paulistana Luciana Brito acaba inaugura um espaço em Nova York – em colaboração com a empresa de design Espasso – no dia 6 de setembro, exibindo o grupo Ruptura, artistas brasileiros modernistas relativamente pouco conhecidos na América do Norte. A expansão da Luciana Brito segue os passos das galerias brasileiras Nara Roesler e Mendes Wood DM, que também abriram postos avançados em Manhattan nos últimos dois anos.

Embora Luciana Brito reconheça que a crise política e econômica do Brasil tem impulsionado as galerias a encontrar novas formas de mostrar trabalho, ela também aponta para a onda de atenção que os artistas brasileiros receberam recentemente na América do Norte como o principal motor de sua nova tentativa. “Nossa primeira exposição é uma apresentação histórica de artistas com os quais trabalhamos, como Waldemar Cordeiro, Geraldo de Barros, Thomaz Farkas e Gaspar Gasparian, que pensamos ter sentido neste momento, porque houve todas essas exposições de artistas brasileiros em Nova York “, afirma. Entre elas, estão mostras de Lygia Clark no MoMA em 2014 e as exposições de Lygia Pape e Hélio Oiticica no Met Breuer e Whitney, respectivamente, este ano.

Waldemar Cordeiro, Sem título, 19535

Alinhada com as instituições e galerias que estão se voltando aos artistas latino-americanos, a Sotheby’s recentemente anunciou que vai abolir a separação de vendas de arte contemporânea latina, mesclando esta categoria em sua venda principal de arte contemporânea.

Depois de Ruptura, Luciana Brito planeja apresentar uma coletiva com artistas mais novos, como Héctor Zamora, Caio Reisewitz e Tiago Tebet. “A idéia é mostrar artistas que não estão representados em Nova York”.

A galeria Nara Roesler também apostou na busca pelo reconhecimento internacional para seus artistas há dois anos e rapidamente criou forças para se mudar do espaço original, no Flower District, para uma casa de no Upper East Side, no início deste ano.

Enquanto isso, o Hic Svnt Dracones, espaço colaborativo entre Mendes Wood DM e Michael Werner Gallery, manteve-se low-profile, apesar de exposições ambiciosas, como uma das mais recentes, que justapôs as obras de Sonia Gomes, artista afro-brasileira, e o expressionista alemão AR Penck.

Via The Art Newspaper

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