Galpão Fortes Vilaça apresenta individual de Jac Leirner

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Vista da exposição no Galpão Fortes Vilaça, 2015  
Jac Leirner | métrica mínima  
Foto: Eduardo Ortega

A paulista Jac Leirner exibe um inédito corpo de trabalho em sua nova exposição “Métrica Mínima”, no Galpão Fortes Vilaça. A matéria-prima das obras são jogos de sudoku, que a artista colecionou e solucionou ao longo de meses. Todas as obras se desenvolvem a partir da decisão de dar corpo a processos abstratos como lógica, raciocínio e, em especial, a passagem do tempo.

Na série “métrica mínima”, exposta pela primeira vez na Bienal de Sharjah deste ano, a artista emprega estratégias recorrentes da sua produção como acúmulo e reordenação, além de alternâncias entre alta e baixa cultura. O pensamento matemático inerente ao passatempo é traduzido através do rigor formal de Leirner, que apresenta os jogos sobre telas de linho em diferentes formatos, quase sempre longos e horizontais. As obras se assemelham a réguas, denotando seu interesse por medir o tempo – ou, mais especificamente, o tempo dedicado na resolução dos jogos.

As demais obras da exposição refletem o empenho da artista em esgotar as possibilidades plásticas do novo material, utilizando bordas, restos e impressões resultantes da prática do sudoku. Cada gesto da ação principal de completar e recortar o sudoku ganha contornos meditativos, como se a ação rápida e semi-inconsciente do cotidiano recebesse uma atenção redobrada, uma concentração máxima.

A exposição permanece no Galpão Fortes Vilaça até 22 de janeiro.

 

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