Carlos Vergara abre individual no dia 29/7 na Galeria Bolsa de Arte, em São Paulo

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A partir do dia 29 de julho, terça-feira, Carlos Vergara abre na filial paulistana da Galeria Bolsa de Arte de Porto Alegre uma individual que inclui pinturas, esculturas, pastel, óleo e resina em papel. “Trata-se de uma afirmação da pintura como procedimento, mesmo quando inclui monotipia ou outra forma de registro de imagem, mas sempre buscando um acontecimento único e novo”, diz Vergara. As obras seguem em exibição até o dia 26 de agosto.

“Vários podem ser os pretextos [para a elaboração das obras], como um canto de paisagem esquecido, escondido, uma implosão, um telhado visto por baixo, algo que possa estruturar uma ação sobre o suporte, na busca de um novo tipo de beleza, inédita. Um trabalho construído para se ver pensando”, afirma Vergara.

Ao longo da exposição, a ideia é que o espectador busque novos caminhos para o ato de olhar. A natureza aparece em todo o percurso das obras de Vergara. Se serve como pretexto, serve também muitas vezes como matéria-prima.

Sobre elas, diz Juliana Rego Ripoli: “Tanto as monotipias – esse processo de decalque da natureza no qual o pigmento, a cor, a textura e os materiais que vêm da terra constroem uma nova forma de expressão para a pintura –, quanto as pinturas e as esculturas fazem uso da natureza como matéria. Ambas estão impregnadas de um gesto que as qualifica com uma força vital sem tamanho, um diálogo entre natureza e a expressão artística que reavaliam a nossa experiência com o mundo, pois solicita que o nosso olhar se torne mais sensível para situações que, por estarmos tão absortos em nós mesmos, nem percebemos”.

Gravador, fotógrafo, pintor, cenógrafo, Vergara tem uma trajetória  impossível de ser reduzida a uma linha ou tema. Embora tenha ênfase na pintura, ao longo de sua carreira o artista já se debruçou sobre o Carnaval – nas fotografias com interferências de sua série sobre o bloco Cacique de Ramos -, já trabalhou mais próximo de uma estética que remetia ao neoexpressionismo (que viria a ser tendência apenas uma década depois na Europa), o que dialogava também com o caminha percorrido por um de seus mestres, Iberê Camargo, com quem teve aulas.

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