36ª Bienal de São Paulo anuncia equipe conceitual

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Camaronês, brasileiros, marroquina e suíça pensarão a mostra que deve refletir sobre a multiplicidade do mundo

Enquanto a 35ª Bienal segue seu ciclo de itinerância, a Fundação Bienal já se prepara para a próxima edição da mostra. A equipe conceitual, montada por Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, é composta pelos cocuradores Alya Sebti, Anna Roberta Goetz e Thiago de Paula Souza, a cocuradora at large Keyna Eleison e a consultora de comunicação e estratégia Henriette Gallus. Ainda neste ano, serão anunciados novos membros da equipe, a proposta curatorial e parceiros em São Paulo e no mundo. A abertura da 36ª Bienal de São Paulo está prevista para setembro de 2025.

Para o curador Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, a escolha da equipe conceitual é fundamental para uma visão mais ampla e poética do projeto: “É um privilégio embarcar na jornada da 36ª Bienal de São Paulo com este grupo de colegas brilhantes, respeitados e diligentes, de diversas geografias e disciplinas. O que realmente nos une é o espírito de generosidade, integridade intelectual e justiça uns com os outros e com a tarefa que temos pela frente, e, acima de tudo, um profundo amor e respeito pelos artistas e seus trabalhos”.

Sobre a metodologia curatorial, Ndikung destaca que a equipe vai “adotar as rotas de voo de pássaros migratórios que cruzam os quatro pontos cardeais do globo e, por meio de seu sentido de navegação, urgência de deslocamento, instinto de sobrevivência, entendimento de espaços e tempos, assim como suas urgências e agências, pretendemos nos engajar em uma pesquisa profunda e ampla em direção à 36ª Bienal de São Paulo”.

Andrea Pinheiro, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, comenta: “A Bienal de São Paulo é um patrimônio histórico do nosso país. Traduzir em uma exposição as inquietações artísticas e sociais do mundo atual é uma enorme responsabilidade. Tenho certeza de que o trabalho de Bonaventure e sua equipe será de grande importância para a história da Bienal”.

Vista da exposição "Some May Work as Symbols: Art Made in Brazil, 1950s–70s", organizada por Thiago de Paula Souza

Vista da exposição “Some May Work as Symbols: Art Made in Brazil, 1950s–70s”, organizada por Thiago de Paula Souza

Conheça melhor a equipe

 

Alya Sebti é marroquina e dirige a ifa-Galerie em Berlim, onde desenvolveu pesquisas e exposições sobre as heranças coloniais nas sociedades contemporâneas, e estuda as linguagens artísticas no norte e oeste da África pós-independência. Ela também foi curadora da Manifesta em Marselha em 2020, Biennale de Dakar em 2018, no Senegal, e diretora artística da Marrakech Biennale em 2014, no Marrocos.

A suíça Anna Roberta Goetz pesquisa estratégias artísticas que desafiam hierarquias e narrativas prevalentes na sociedade. Goetz já trabalhou no Marta Herford Museum e no MMK Museum für Moderne Kunst Frankfurt, ambos na Alemanha, e foi curadora assistente do Pavilhão da Alemanha na 55ª Bienal de Veneza, em 2013.

A alemã Henriette Gallus é consultora de comunicação e estratégia e foi assessora de imprensa da dOCUMENTA 13 em 2012, e a partir de 2014 tornou-se diretora de comunicações da Documenta 14 em Kassel e Atenas (2017), além de conselheira em diversas instituições culturais em todo o mundo.

Thiago de Paula Souza e Keyna Eleison são os brasileiros da equipe. Eleison é especialista em história da arte e foi uma das responsáveis pelo reconhecimento do Cais do Valongo como Patrimônio Mundial da UNESCO. Já Souza, que também é cocurador do 38ª Panorama da Arte Brasileira no MAM deste ano, participou da organização de importantes mostras de arte pelo mundo, entre elas a exposição “Some May Work as Symbols: Art Made in Brazil, 1950s–70s”, no Raven Row em Londres, a 58ª Carnegie International de 2022, nos Estados Unidos.

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