O maior prêmio do Reino Unido vai para Jesse Darling, artista radicado em Berlim e reconhecido por esculturas instáveis com objetos cotidianos
Jesse Darling, artista radicado em Berlim conhecido por esculturas que representam corpos instáveis, ganhou o Turner Prize, o principal prêmio de arte do Reino Unido. Ele agora receberá £ 25.000, ou cerca de US$ 31.500. O artista concorria ao prêmio ao lado de Ghislaine Leung, Rory Pilgrim e Barbara Walker.
O anúncio do prêmio dizia: “O júri elogiou o uso de materiais e objetos comuns como concreto, barreiras soldadas, fita adesiva, arquivos de escritório e cortinas de rede, para transmitir um mundo familiar, mas delirante – invocando o colapso social, a sua apresentação perturba noções percebidas de trabalho, classe, britanismo e poder.”
Vista da instalação de Jesse Darling em Towner Eastbourne, 2023. Foto de Angus Mill. Cortesia do Turner Prize.
Muitas das obras de Darling apresentam objetos do cotidiano dispostos para sugerir corpos com pernas alongadas e braços dobrados. Darling disse que eles projetam suas esculturas de forma que possam eventualmente se alterar ou até mesmo desabar.
Equipamentos médicos e resíduos têm sido utilizados com frequência nessas esculturas, algumas das quais exploram os meios pelos quais os indivíduos podem sustentar a si mesmos e uns aos outros. Algumas dessas obras apareceram na Modern Art Oxford em uma exposição individual de 2022 que rendeu a Darling a indicação ao Turner Prize.
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“A vulnerabilidade é um dado adquirido em todos”, disse Darling certa vez a Ocula. “É o que nos torna vivos. Não é que a vulnerabilidade seja uma força em si, mas a nossa fragilidade física como organismos e a propensão para sofrer no amor, no conflito, sob a violência estrutural, e a nossa necessidade animal de nutrição e calor são o que partilhamos.”
Esta é a 40ª vez que o Prêmio Turner é concedido, com vencedores anteriores incluindo Anish Kapoor, Wolfgang Tillmans, Rachel Whiteread, Lubaina Himid e muitos mais.
