Lévy Gorvy, Amalia Dayan e Salon 94, de Nova York, anunciam fusão

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A união de esforços dará vida a LGDR, com lançamento previsto para 2022

Duas galerias de Nova York – Lévy Gorvy e Salon 94 – e a negociante Amalia Dayan anunciaram que estão unindo forças para estabelecer um único projeto, chamado LGDR, localizado no Upper East Side. A notícia, relatada pelo New York Times, foi considerada uma surpresa para vários artistas das galerias, cujo destino não é claro.

A partir da esquerda: Brett Gorvy & Dominique Lévy, Jeanne Greenberg Rohatyn e Amalia Dayan

A partir da esquerda: Brett Gorvy & Dominique Lévy, Jeanne Greenberg Rohatyn e Amalia Dayan

A nova entidade, nomeada com as iniciais dos sobrenomes de seus proprietários – Dominique Lévy e Brett Gorvy, cofundadores da Lévy Gorvy; a negociante Amalia Dayan; e Jeanne Greenberg Rohatyn, proprietária do Salon 94 – ocuparão uma mansão de 1915, comprada em 2019 por Greenberg Rohatyn para consolidar as três filiais do Salon 94 então existentes. A LGDR, que também abrirá postos em Londres, Hong Kong e Paris, tem lançamento previsto para o ano que vem, e seus proprietários disseram que a galeria abrirá mão de todas as feiras de arte, exceto aquelas que acontecem na Ásia.

A mudança ocorre cerca de dezoito meses depois que Acquavella Galleries, Gagosian e Pace se uniram para vender uma grande coleção, e cerca de um ano depois que o negociante de Nova York, Gavin Brown, fechou a loja para se associar a Barbara Gladstone. A LGDR é vista como uma tentativa de competir com gigantes globais como Gagosian, Hauser & Wirth, Pace e David Zwirner.

“Para as grandes galerias, é uma espécie de corrida armamentista, aumentando sua metragem quadrada e adicionando novos locais”, explicou Natasha Degen, chefe de estudos do mercado de arte do Fashion Institute of Technology de Nova York. “Em última análise, esses movimentos não têm a ver com lucro, mas com o desenvolvimento das marcas das galerias”. Degen descreveu a decisão da LGDR, de consolidar seus imóveis e rejeitar as feiras de arte ocidentais, reduzindo assim os custos relacionados, como “especialmente inteligente”, tornando a galeria “simplificada, sinérgica e ágil”.

A medida em que a fusão se aproxima, artistas como Pat Stier, Günther Uecker e Pierre Soulages (Lévy Gorvy), Derrick Adams, Judy Chicago, Marilyn Minter (Salon 94) e Laurie Simmons permanecem com seus destinos indefinidos. Ao falar com a Artnet News sobre a fusão, Adrian Piper, que tem um relacionamento não exclusivo com Lévy Gorvy, mostrou-se otimista. “Não vejo que galerias individuais tenham muita escolha além de unir seus recursos”, disse ela. “É uma resposta racional às circunstâncias atuais”.

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