Quadro de Botticelli torna-se o segundo mais caro dos Old Masters já vendido em leilão

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A têmpera sobre painel é um dos três retratos feitos pelo artista do século XV deixados em mãos privadas

Qual é o preço da beleza? De acordo com a Sotheby’s, são cerca de US$ 92,2 milhões. Esse foi o preço obtido na casa de leilões por um retrato pintado por Botticelli, a obra mais cara do artista florentino renascentista já vendida até hoje.

“Embora o preço alcançado seja o segundo mais alto para uma pintura dos Grandes Mestres, este é um trabalho que transcende o tempo e as categorias”, disse George Wachter, co-presidente da Old Master Paintings Worldwide da Sotheby’s, em um comunicado à imprensa. “Agora realmente sabemos o preço da beleza”.



O espantoso “Ritratto di giovane con tondo di santo” atingiu US$ 80 milhões, superando grandemente o recorde anterior de Botticelli de US$ 10,4 milhões, mas apenas flertando com a estimativa de pré-venda da casa “superior a US$ 80 milhões”. A oferta vencedora veio de Lilija Sitnika, contato de um cliente sênior da Sotheby’s Russian Desk, que estava fazendo um lance por telefone em nome de um comprador ainda não identificado.

Botticelli

A tela, que retrata um homem segurando nas mãos um tondo (obra artística feita em formato redondo) de um santo, teria sido pintada entre as décadas de 1470 e 1480 e tem 58×39 centímetros.

O verdadeiro vencedor, no entanto, pode ser o consignador: a fundação do recentemente falecido bilionário Sheldon Solow, que adquiriu a obra por apenas US$ 1,3 milhão em 1982. Segundo o New York Times, a fundação está considerando usar o produto da venda para estabelecer um museu privado em Manhattan.

A rara têmpera sobre painel é um dos três retratos de Botticelli deixados em mãos privadas, sendo considerado um dos melhores. Apenas cerca de uma dúzia dessas obras do artista do século 15 sobreviveram, a maior parte delas permanecendo agora em coleções de museus.

A expectativa é que o novo proprietário seja generoso em relação à sua nova aquisição e a empreste amplamente a instituições públicas, onde a obra de 550 anos poderá ser vista por diversos públicos.

Fontes: Hyperallergic e Terra

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