Restauração de “Independência ou Morte”, de Pedro Américo, chega à fase final

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A previsão é que o Museu do Ipiranga seja reaberto em 7 de setembro de 2022, ano em que comemoramos o bicentenário da independência do Brasil

O Museu do Ipiranga finalizou o restauro da obra Independência ou Morte, icônico quadro de Pedro Américo. Previsto para o mês de abril, o processo foi adiantado para o final de março por causa da pandemia do novo coronavírus.

A última etapa, a aplicação do verniz, deve ser feita em 2022, perto da data prevista para a reabertura do Museu do Ipiranga. Até lá, a tela de dimensões monumentais – 415 cm por 760 cm – será embalada, já que o Salão Nobre, onde ela permanece em exposição, entrará em reforma. “Independência ou Morte” é maior do que as portas e janelas do local — a tela foi montada originalmente onde está até hoje e nunca foi retirada de lá.

A proteção da tela será feita por um tecido, que veda a entrada de resíduos, mas permite que ela respire. Também haverá no “front” um anteparo metálico, que garante o distanciamento de 1,5 metro do trabalho. A reforma no Salão Nobre deve começar em junto e durar quatro meses. O trabalho é de restauro estrutural, tratamento de trincas nas paredes e forros de estuque.

Apresentada pela primeira vez ao público brasileiro em 7 de setembro de 1895, durante a inauguração do Museu Paulista, mais conhecido como Museu do Ipiranga, na capital, a tela Independência ou Morte, de Pedro Américo, passa por um processo minucioso de restauração. Além de reparar danos causados pela ação do tempo, os restauradores buscam devolver à pintura as cores originais, retirando a sujidade acumulada com o tempo, recompondo pontos de perda na camada pictórica original e retirando vestígios de restauros antigos, como um amarelado indevido em certa região do céu.

Museu está fechado desde 2013

Localizado no parque da Independência, em São Paulo, o Museu do Ipiranga está fechado para visitação desde 2013, quando foi detectado risco iminente de queda do forro. Ele é um dos museus da Universidade de São Paulo, sendo por isso também uma unidade de pesquisa, no caso, na área de história.

As obras para ampliação e reforma do museu começaram só seis anos depois da interdição, no ano passado. O governo de São Paulo captou, via Lei Rouanet, R$ 160 milhões da iniciativa privada para a realização dos trabalhos.

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