Beatriz Milhazes, uma das artistas mais vendidas do mundo, será representada pela Pace

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A brasileira é uma das artistas mulheres que se destaca nas vendas em leilões e deixa a James Cohan após quase duas décadas

Com sua expansão recém-inaugurada em Nova York, a Pace Gallery vem adicionando novos artistas em um ritmo acelerado. A mais recente é uma peça-chave: a pintora e escultora brasileira Beatriz Milhazes, representada em Nova York por James Cohan desde o início dos anos 2000. Ela também é uma das mulheres artistas mais vendidas do mundo.

Beatriz Milhazes. Photo courtesy of Cartier.

Nascida em 1960, Milhazes começou com a Geração 80 e ganhou reconhecimento através de seu colorido trabalho abstrato, apresentando arabescos e formas geométricas criadas com a sua técnica característica de monotransferência, na qual transfere desenhos pintados de folhas de plástico para telas.

Segundo o Artnet Price Database, o recorde em leilão de Milhazes, alcançado na Sotheby’s em Nova York em 2012, é de pouco mais de US$ 2 milhões. Ela tem dez outras vendas registradas em leilões de US$ 1 milhão ou mais, o que a coloca entre as artistas mulheres vivas com as melhores vendas em leilão.

“Conhecendo Beatriz há mais de uma década, é uma honra recebê-la na família Pace”, disse o vice-presidente da Pace, Adam Sheffer, em uma declaração. “Sua visão singular e seu comprometimento com a pintura continuam a linhagem histórica de pintores que expandiu e alterou radicalmente a paisagem do meio, como Jean Dubuffet, David Hockney, Agnes Martin, Elizabeth Murray e Robert Ryman”.

A tela “Meu Limão”, criada pela artista no ano 2000, foi arrematada por US$ 2,098 milhões no leilão de Arte Contemporânea promovido pela Sotheby’s em 2012

A tela “Meu Limão”, criada pela artista no ano 2000, foi arrematada por US$ 2,098 milhões no leilão de Arte Contemporânea promovido pela Sotheby’s em 2012

A Pace abriu sua nova e imponente flagship, de oito andares, no bairro novaiorquino de Chelsea em setembro de 2019, expandindo seu edifício com um espaço que se assemelha a um museu. Ao longo do último ano e meio, a galeria adicionou veteranos do mundo da arte, como Mary Corse (que esteve com Lehmann Maupin até dezembro de 2018) e o pintor abstrato Sam Gilliam, que nunca teve uma galeria em Nova York antes disso.

Outras novas adições à lista incluem John Gerrard, ex-Simon Preston Gallery de Nova York, que entrou em setembro, depois que Preston se tornou diretor sênior da Pace.

A chegada de Milhazes à galeria vem antes de sua grande retrospectiva em São Paulo, com previsão de inauguração em dezembro, e que ocupará três locais: o Museu de Arte de São Paulo, o espaço Itaú Cultural e a Casa de Vidro. A artista exibiu sua primeira retrospectiva norte-americana, “Beatriz Milhazes: Jardim Botânica”, no Pérez Art Museum Miami, em 2014.

“Desejamos sucesso à Beatriz nesta nova fase de sua carreira, pois temos a maior admiração por ela como galeristas e, mais importante, como amigos”, disseram James e Jane Cohan por e-mail à Artnet News.

Fora de Nova York, Milhazes continuará sendo representada pela Fortes D’Aloia & Gabriel no Brasil e em Lisboa; Galerie Max Hetzler em Berlim, Paris e Londres; e White Cube em Londres e Hong Kong.

Via Artnet News

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