Exposição de Hilma af Klint é a mais visitada na história do Guggenheim

0

A retrospectiva da pintora sueca atraiu 600.000 visitantes, aumentou o número de associados do museu e quebrou o recorde de vendas de catálogos

O museu Solomon R. Guggenheim anunciou que “Hilma af Klint: Paintings for the Future” – primeira grande mostra individual da artista sueco nos Estados Unidos – é a exposição mais popular da história da instituição. Amada por frequentadores de museus e críticos, a mostra atraiu mais de 600.000 visitantes desde sua abertura, em outubro de 2018.

O museu também informou que o número de associados aumentou em 34% desde que a exposição foi aberta e que mais de 30.000 cópias do catálogo foram vendidas, superando o recorde anterior estabelecido pelo catálogo de Kandinsky, em 2009. As lembrancinhas inspiradas em Hilma af Klint também voaram das prateleiras da loja Guggenheim e foram responsáveis por 42% das vendas totais ao longo do período.

Geral da exposição “Hilma af Klint: Paintings for the Future”, no Guggenheim

Geral da exposição “Hilma af Klint: Paintings for the Future”, no Guggenheim

Em uma análise da exposição para a edição de janeiro de 2019 da Artforum, Jennifer Krasinski escreveu: “Aos quarenta e quatro anos, ela desviou sua atenção do mundo material e dedicou-se inteiramente aos reinos místicos. Sua mão encontrou seu verdadeiro propósito: tornar visível o que o olho não pode ver, comunicar o conhecimento esotérico sem traí-lo ou distorcê-lo com referências terrenas. Posteriormente, af Klint tornou-se uma das pintoras mais singulares, ainda que menos conhecida, do século XX”.

Com curadoria de Tracey Bashkoff e mais de 170 pinturas e trabalhos em papel, a exposição foi encerrada na terça-feira, 23 de abril. Durante os últimos dias, o Guggenheim permaneceu aberto em horários estendidos.

Resultado de imagem para hilma af klint guggenheim

A artista

Hilma af Klint começou a criar seus primeiros trabalhos de arte abstrata em 1906, precedendo Kandinsky e outros pintores abstratos conhecidos. Nos seis anos que se seguiram, ela criou 200 pinturas, juntamente com trabalhos complementares em papel e cadernos documentando seus planos, pensamentos e pesquisas para a criação de seus trabalhos.

Em seu testamento, Klint estipulou que seus trabalhos abstratos não deveriam ser revelados ao mundo até 20 anos após sua morte. Ela morreu aos 81 anos em 1944, mas demorou mais 42 anos até que seus trabalhos fossem apresentados em uma exposição (The Spiritual in Art, Abstract Painting, 1890 – 1985, organizada por Maurice Tuchman em Los Angeles, em 1986). A abrangente mostra no Guggenheim sobre este corpo secreto de obras agora é considerada uma das 10 mais populares mostras de arte impressionista e moderna em todo o mundo.

Share.

Leave A Reply