Muito além do eixo Rio-SP: conheça as galerias que participam da SP-Arte 2019

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Apesar de São Paulo e Rio de Janeiro concentrarem o maior número de espaços dedicados à arte, galerias de todas as regiões do país marcam presença na SP-Arte

A criação dos primeiros museus de arte moderna no Brasil na década de 1940, e a realização da primeira edição da Bienal de São Paulo em 1951, fizeram com que o mercado de arte no país se desenvolvesse com força na região Sudeste. As cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, até hoje, concentram o maior número de galerias, espaços expositivos e museus.

Apesar dos números expressivos, galerias fora do eixo Rio-São Paulo têm ganhado cada vez mais destaque nos últimos anos, seja pelo aumento no número de participações em feiras e eventos ou pela abertura de unidades fora de suas cidades de origem.

A seguir, damos destaque a galerias vindas de quatro regiões do Brasil que participam da 15ª edição da SP-Arte. A Feira abre ao público de 4 a 7 de abril, no Pavilhão da Bienal.

Região Sul

Duas representantes de Curitiba participam desta edição da SP-Arte. Fundada há vinte anos, a Ybakatu é uma das mais tradicionais galerias do sul do país e representa nomes como Alex Flemming, João Loureiro e Marta Neves. Será a oitava vez que a galeria apresenta um estande na SP-Arte.

Fundada há oito anos na capital do Paraná, a SIM Galeria desembarcou em São Paulo no ano passado e realizou exposições coletivas e individuais, como as de Luiz Schwanke e Julia Kater. Entre seus artistas representados estão Rodrigo Andrade, Rafael Alonso e Marcelo Moscheta.

Galerias gaúchas também marcam presença na 15ª edição do Festival. Iniciada em Porto Alegre como uma plataforma digital voltada à curadoria contemporânea, a Aura Arte Contemporânea ganhou sede física em São Paulo, no bairro da Vila Madalena, onde apresenta projetos de artistas convidados e de seu portfólio, que inclui jovens criadores como Carolina Marostica, Letícia Lopes e Guilherme Gafi. Para a SP-Arte 2019, a galeria apresenta uma seleção de trabalhos de Lucas Parise.

Localizada em um casarão tombado no centro histórico de Porto Alegre, a Galeria de Arte Mamute atua há cinco anos na capital gaúcha. Além de realizar o trabalho de representação de artistas locais, o espaço oferece projetos como palestras e workshops. A galeria participa pela quarta vez da SP-Arte.

Bolsa de Arte de Porto Alegre leva a marca da capital gaúcha em seu próprio nome. Em 40 anos de história, já realizou mais de 250 exposições, além de trabalhar ativamente com artistas brasileiros como Vera Chaves Barcellos e Regina Silveira. Em 2014, a galeria abriu uma filial no bairro da Vila Madalena, em São Paulo.

Sem título, s.d., de Agnaldo dos Santos. Obra da Galeria Paulo Darzé (Foto: Sérgio Guerini)

Sem título, s.d., de Agnaldo dos Santos. Obra da Galeria Paulo Darzé (Foto: Sérgio Guerini)

Região Nordeste

Focada em arte contemporânea brasileira, a Paulo Darzé Galeria é uma das principais galerias do nordeste do país. Com sede em Salvador, seu acervo conta trabalhos de artistas que atuam em variadas mídias como os fotógrafos João Farkas, Marcio Lima e Mario Cravo Neto e escultores como Mestre Didi, Amilcar de Castro e Frans Krajcberg.

No bairro de Boa Viagem, em Recife, a arquitetura de estilo modernista do Edifício Califórnia chama atenção de quem passeia à beira-mar. Projetado nos anos 1950 pelo arquiteto Acácio Gil Bolsoni, o prédio integra dois tipos de uso, o residencial e o comercial. Em duas de suas salas funciona, desde 2017, a galeria de arte Amparo 60, que já tem mais de quinze anos de história. Entre os quatorze artistas representados estão Vanderlei Lopes, Delson Uchôa e Lourival Cuquinha.

Sem título, 2014, de Claudio Tozzi. Obra da Referência Galeria de Arte (Foto: divulgação)

Sem título, 2014, de Claudio Tozzi. Obra da Referência Galeria de Arte (Foto: divulgação)

Região Centro-Oeste

Artistas brasileiros e de outros países integram o time da Galeria Karla Osório (antigo Gabinete k2o), sediada no Lago Sul, em Brasília. Bené Fontelles, Bruno Duque, Daisy Xavier, João Trevisan, entre outros, são representados pelo gabinete brasiliense, que também tem um escritório em São Paulo. Além dos artistas contemporâneos, a casa também atua no mercado secundário.

Obras de jovens artistas como Alice Lara e Pedro Gandra e de artistas brasileiros consagrados como Iole de Freitas e Claudio Tozzi convivem no acervo da Referência Galeria de Arte. Atuante no mercado de arte brasiliense há mais de duas décadas, a galeria funciona em nova unidade, na Asa Norte, desde 2017.

 "Dourado", 2018, de Leda Catunda. Obra da Galeria Celma Albuquerque (Foto: Bruno Schultze)

“Dourado”, 2018, de Leda Catunda. Obra da Galeria Celma Albuquerque (Foto: Bruno Schultze)

Região Sudeste

Apesar da proximidade com as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, essas galerias escolheram outras localidades do Sudeste para acomodarem suas sedes. Foi o caso de Thomaz Pacheco, que apostou no ABC Paulista na hora de abrir seu negócio. Deu certo. A OMA Galeria funciona em uma casa no centro de São Bernardo do Campo desde 2013, representando sete artistas que atuam com diferentes meios e suportes. Além das exposições, o espaço recebe palestras, cursos e debates, e também desenvolve projetos ao lado de escolas da região.

Um charmoso sobrado no bairro de Lourdes, em Belo Horizonte, abriga desde 2015 a Periscópio Arte Contemporânea. Dirigida por Rodrigo Miltre, a casa reúne artistas brasileiros como Ana Linnemann, Thiago Martins de Mello, Henrique Detomi e Bruno Faria, finalista do Prêmio Residência SP-Arte em 2019. Nesta edição do Festival, a galeria destaca os trabalhos do artista mineiro Randolpho Lamonier no setor Solo – focado em América Latina.

Galeria Manoel Macedo funciona desde 1981, em Belo Horizonte, e foi responsável por fomentar o trabalho de artistas relevantes para a arte brasileira, como Amadeo Lorenzatto. Seu amplo acervo é formado por obras de Tunga, Solange Pessoa, Sara Ramo, Antonio Manoel, entre outros.

Já a Galeria Murilo Castro, desde 2002, promove o melhor da arte contemporânea brasileira em Belo Horizonte e Miami (EUA). Entre seus representados, jovens artistas como Brisa Noronha convivem com veteranos como Anna Bella Geiger.

Há 21 anos, Celma Albuquerque fundou sua galeria em Belo Horizonte, no bairro de Lourdes. Hoje comandada pelos galeristas Lucio e Flavia Albuquerque, a casa tem seu acervo formado por nomes relevantes da arte brasileira como Leda Catunda, Nuno Ramos, Tatiana Blass, Vanderlei Lopes e Pedro Motta. A galeria participa da SP-Arte desde 2009.

Iniciada em 1989, a AM Galeria de Arte atua no mercado de arte contemporânea e no mercado secundário, promovendo exposições em seu espaço na capital mineira. Cristina Canale, Ana Horta, Bruno Noveli e Regina Silveira são alguns dos artistas representados pela AM.

OÁ Galeria abriu as portas há mais de dez anos no bairro Consolação, em Vitória (ES), e já soma quase vinte artistas em seu time. Uma de suas principais iniciativas é o “Cá entre nós”, um projeto que anualmente exibe em seu espaço expositivo a produção de jovens artistas capixabas.

Via SP-Arte

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