Em novo local, Art Berlin 2018 foi considerada um sucesso

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Galerias e colecionadores elogiaram a nova localização da feira, no antigo aeroporto de se muda para Tempelhof; maior parte dos visitantes continua sendo formada por alemães

A Berlin Art Week viu duas feiras inaugurarem sua nova localização compartilhada nos hangares do antigo aeroporto Tempelhof, na capital alemã. Com um programa que se expandiu por mais dez galerias, a segunda edição do Art Berlin aconteceu entre 27 e 30 de setembro, pedindo olhares cuidadosos e inspirando comentários positivos de galeristas e visitantes. Observadores a compararam com a Artissima de Turim, como uma feira estabelecida que ainda mostrava arte interessante, mesmo quando o mercado experimenta um “momento conservador”. A quinta edição da Positions Berlin aconteceu simultaneamente no Tempelhof.

A nova localização da Art Berlin, incluindo um bar ao ar livre e esculturas com vista para o aeródromo transformado em parque foi bem recebida. No entanto, “a localização não importa realmente”, segundo um galerista alemão. “O que importa são os visitantes e se há ausência de um público internacional presentes”.

Alain Servais, colecionador de Bruxelas, concordou dizendo que sentia a Art Berlin extremamente alemã. Entre os curadores de destaque, estava a ex-diretora do Museu Stedelijk de Amsterdã, Beatrix Ruf, embora ela também seja alemã. “O número de pessoas que cruzam as fronteiras está diminuindo”, disse Servais. “É uma pena porque a feira foi uma boa surpresa. Havia propostas mais interessantes do que eu esperava”.

Uma das apresentações mais impressionantes foi a da galeria neugerriemschneider, de Berlim. Uma instalação em plano aberto, repleta de esculturas e ladeada por uma única parede, apresentava várias interpretações contemporâneas de ícones devocionais dos artistas da galeria, como Pawel Althamer, Olafur Eliasson, Billy Childish, Mario Garcia Torres e Ai Weiwei. A galeria não comentou sobre as vendas.

Enquanto isso, a Klosterfelde Edition expôs, lado a lado, o trabalho do artista norte-americano Dan Peterman e o do jovem artista alemão Wilhelm Klotzek. “A feira pode ampliar a presença de visitantes internacionais, mas o mercado de arte de Berlim está mudando e decolando lentamente”, disse Alfons Klosterfelde, diretor da galeria. A Klosterfelde Edition vendeu vários trabalhos na faixa de € 1.000 a € 12.000.

O estande da Sprüth Magers, só com mulheres, incluiu obras de Thea Djordjadze, Rosemarie Trockel, Pamela Rosenkranz, Jenny Holzer e Andrea Zittel. A galeria vendeu três obras do Djordjadze, incluindo uma grande escultura de aço inoxidável por 46 mil euros e uma pintura em gesso e madeira por 32 mil euros.

Um dos corredores da feira provou ser especialmente popular entre os visitantes, com galerias como Emalin, de Londres; Polansky, de Praga; e Kraupa-Tuskany Ziedler, Soy Capitán, Société e Daniel Marzona, de Berlim. Com o apoio da instituição de caridade de arte contemporânea Outset Germany, a Société colocou a videoinstalação de Trisha Baga, Madonna y el Niño (2011), no Museum für moderne Kunst (MMK), em Frankfurt.

Daniel Marzona venceu o VBKI-Prize for Berlin Galleries com uma exposição individual de Elodie Seguin

Daniel Marzona venceu o VBKI-Prize for Berlin Galleries com uma exposição individual de Elodie Seguin

Este ano, o VBKI-Prize for Berlin Galleries, no valor de 10 mil euros, foi para Daniel Marzona, pelo estande com pinturas de Elodie Seguin. A galeria vendeu White Volumes (2018), obra em papel, por 5,5 mil euros.

Outras vendas notáveis foram realizadas pela Eigen + Art, que vendeu um trabalho da série de fórmulas matemáticas de Carsten Nicolai traduzidas em gráficos por € 25.000. A Galerie Bastian, de Berlim, participando pela primeira vez, vendeu 11 obras da exposição individual de Emma Stibbon, incluindo edições e obras exclusivas, variando entre € 400 a € 22.000.

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