ARTnews divulga sua lista anual dos Top 200 Collectors

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Todos os anos a ARTnews compila uma lista com os 200 colecionadores mais influentes do mundo. Saiba quem são eles

O queixo do mundo inteiro caiu em conjunto quando Salvator Mundi, uma pintura redescoberta de Leonardo da Vinci, foi vendida por US$ 450,3 milhões em novembro de 2017 para um comprador anônimo da Christie’s, em Nova York, tornando-se a obra mais cara da história já vendida em leilão. O lote único foi responsável por mais da metade do total de US$ 785 milhões trazidos pela venda da noite, que apresentava um total de 49 obras de arte.

A pintura, restaurada, foi oficialmente atribuída a Da Vinci e incluída em uma exposição na National Gallery de Londres, mas nem todos os estudiosos são unânimes em concordar sobre a sua autenticidade. No verão passado, Matthew Landrus, historiador de arte da Universidade de Oxford, disse que acha que uma boa parte dela foi feita pelo assistente de Leonardo, Bernardino Luini. Mas a grande questão após a batida do martelo foi: quem a comprou?

Algumas semanas após a venda, o New York Times informou que o comprador era Bader bin Abdullah bin Farhan Al Saud, um príncipe saudita próximo ao príncipe herdeiro Mohammed bin Salman. Logo depois, a embaixada saudita apresentou um comunicado dizendo que, embora o homem tivesse feito a licitação, foi o Departamento de Cultura e Turismo de Abu Dhabi, que supervisiona o Louvre Abu Dhabi, o responsável por adquirir a pintura (que seria exposta no Louvre Abu Dhabi no final deste mês, mas recentemente foi adiada e a nova data ainda não anunciada).

Como a lista anual “Top 200 Collectors” da ARTnews apresenta indivíduos ao invés de entidades governamentais, o Departamento de Cultura e Turismo de Abu Dhabi não foi incluído. Mas vale a pena mencionar o episódio para exemplificar o jogo global de alto risco que acompanha o colecionismo de arte no século XXI.

Na lista ARTnews “Top 200 Collectors”, você encontrará os nomes de alguns dos colecionadores mais ativos e engajados do mundo atualmente. Entre o elenco deste ano estão nomes novos que vão desde a Ásia (o colecionador tailandês Petch Osathanugrah, que está planejando um museu privado) até o Vale do Silício (Laurene Powell Jobs).

Também vale a despedida de dois veteranos do “Top 200”, que morreram desde a publicação da lista do ano passado. Bruce Halle, fundador da varejista automotiva Discount Tire, era, junto com sua esposa, Diane, um apaixonado colecionador de arte latino-americana. “Bruce era um incrível filantropo e ser humano”, disse Mary Sabbatino, vice-presidente e parceira da Galerie Lelong em Nova York, à ARTnews. “Ele era amado no mundo da arte. Ele tinha um grande senso de humor ”. Também se foi Samuel I. Newhouse Jr., o magnata da mídia que formou uma das melhores coleções de arte moderna e contemporânea do mundo. Ele esteve em todas as edições do “Top 200 Collectors” da ARTnews entre 1991 e 2017.

ARTnews – Top 200 Collectors 2018

Os maiores colecionadores do mundo em 2018 – que, dentre as recentes aquisições, incluíram o trabalho “Coca-Cola” (2011) de Danh Vo e o amplamente aclamado Love Is the Message, The Message Is Death (2016), de Arthur Jafa; incluem recém-chegados como Laurene Powell Jobs, fundadora da organização de justiça social, Emerson Collective, e viúva de Steve Jobs; Elizabeth e Phillip Chun, fundadores da Paradise City, estância repleta de arte  em Incheon, na Coreia do Sul; a filantropa Suzanne Deal Booth, que recentemente uniu forças com os colegas “Top 200” Amanda e Glenn R. Fuhrman para financiar um prêmio de US $ 800 mil para artistas; e dois executivos do Grupo Televisa, Alfonso de Angoitia Noriega e Bernardo Gómez Martínez.

Este ano, os brasileiros Andrea e José Olympio Pereira; Joseph Safra; e Genny e Selmo Nissenbaum aparecem entre os Top 200.

Confira a lista completa, em ordem alfabética (pelo sobrenome), aqui.

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