Louvre Abu Dhabi exibe “Salvator Mundi”, obra de Da Vinci arrematada por US$ 450 milhões

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A pintura também será emprestada ao Louvre de Paris no próximo ano, para uma exposição que marca o 500º aniversário da morte do artista

Autoridades do Louvre Abu Dhabi anunciaram que Salvator Mundi, de Leonardo da Vinci, será exibida a partir de 18 de setembro no novo museu dos Emirados Árabes Unidos. A obra-prima, uma das menos de 20 pinturas sobreviventes do artista – foi vendida por US$ 450 milhões na Christie’s, em Nova York, em 15 de novembro do ano passado.

A presença de um trabalho ultrafamoso em um museu é um grande atrativo: o Louvre de Paris, que teve 7,4 milhões de visitantes em 2016, estima que 80% vêm em primeiro lugar para ver a Mona Lisa de Leonardo (os números relativos ao Louvre Abu Dhabi estarão disponíveis em novembro, quando o museu comemora seu primeiro aniversário de abertura).

Após a sua exibição no Louvre Abu Dhabi, a pintura será emprestada ao Musée du Louvre de Paris, como parte da exposição Leonardo da Vinci que marcará os 500 anos da sua morte (de 24 de outubro de 2019 a 24 de fevereiro de 2020).

“Salvator Mundi representa um capítulo importante na história da arte e oferece uma visão completa de sua produção artística. Ela terá um papel significativo na narrativa curatorial do Louvre Abu Dhabi, representando um momento crítico de mudança histórica que ilumina a evolução social da época”, diz Mohamed Khalifa Al Mubarak, presidente do Departamento de Cultura e Turismo (DCT), Abu Dhabi.

Sua jornada ao museu de Abu Dhabi foi complicada. O Louvre Abu Dhabi emitiu um comunicado em 8 de dezembro afirmando que o Salvator Mundi (c. 1500) havia sido “adquirido” pela DCT de Abu Dhabi para exibição no recém-inaugurado museu dos Emirados.

A declaração veio no dia seguinte ao que o Wall Street Journal informou que a pessoa que havia comprado a pintura renascentista na Christie’s New York era o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman bin Abdulaziz Al Saud, através de um intermediário.

No dia anterior, o The New York Times identificou o comprador como o príncipe Arábia Saudita, Bader bin Abdullah bin Mohammed bin Farhan al-Saud, que é um colaborador próximo do príncipe herdeiro e desde então foi nomeado primeiro ministro de cultura da Arábia Saudita. O príncipe Bader então divulgou um comunicado descrevendo o relatório no New York Times como “surpreendente e impreciso”, mas não o negou abertamente.

O possível empréstimo do Salvator Mundi da Arábia Saudita para os Emirados Árabes Unidos pode ser visto como um gesto de amizade entre os países do Golfo, reforçando essa relação política, econômica e cultural. No entanto, o jornal National, de Abu Dhabi, relata que “apesar da confusão inicial sobre o comprador do trabalho, em última análise, aponta-se que o DCT de Abu Dhabi comprou o trabalho”.

Via The Art Newspaper

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