Vídeo: Andy Warhol no Museu Picasso

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Retrospectiva “A Arte Mecânica” reúne mais de 400 peças do artista, entre obras e objetos

O Museu Picasso de Málaga apresenta ‘Warhol. A arte mecânica’, uma extensa retrospectiva deste artista pop de quase 400 peças, incluindo pinturas, esculturas, desenhos, gravuras, instalações, livros de artista, filmes, capas de álbuns, cartazes, revistas, objetos de design e fotografias. As peças permitem mergulhar no fascinante mundo das imagens de Andy Warhol. Com curadoria de diretor artístico do museu, José Lebrero Stals, ‘A arte mecânica’ chegou a Andaluzia em sua versão maior, tendo sido apresentada na CaixaForum Barcelona e Madrid, onde foi visitada por mais de 485.000 pessoas.

A exposição investiga a complexa produção de Andy Warhol (1928-1987), com ênfase especial nas transmutações experimentadas durante sua carreira e na natureza repetitiva, esquemática e planejada de seu trabalho visual durante mais de três décadas de atividade criativa febril. Neste sentido inclui seus ícones mais universal: a lata de sopa Campbell, os retratos de Marilyn Monroe, Jackie Kennedy, Elvis Presley ou Liz Taylor, mas também cinema experimental, como seus Screen Tests ou a lendária instalação multimídia concebida junto com a banda Velvet Underground.

Propõe, portanto, uma jornada multifacetada que permite acompanhar o desenvolvimento criativo deste artista excepcional, desde seus inícios como um incipiente designer gráfico em Nova York nos anos cinquenta até sua morte em 1987, agora um mito universal.

“A arte mecânica” concentra a atenção na maneira inovadora como Warhol retoma as invenções industriais do século XIX e as atualiza ao seu tempo. Ele usa todos os tipos de técnicas e equipamentos, de serigrafia a gravador de vídeo, dando importância à edição como um princípio essencial em seu trabalho, com padrões produtivos que ele mesmo definiu como “típico de uma linha de montagem”.

É por isso que ele descreveu seu trabalho como arte mecânica, aparentemente impessoal. Assim ele confrontou a tentação de lhe dar uma carga de espiritualidade intencional que, cinicamente, não queria atribuir a si. O silêncio niilista de Warhol, em uma obra espetacularmente visual como a dele é, de fato e paradoxalmente, um dos fatores que conferem altura poética à sua obra.

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