Triunfante leilão na Phillips de Londres chega a US$ 135m e se torna o melhor resultado da casa

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Fazendo história em vários níveis, a noite de vendas conseguiu emparelhar as principais obras de arte moderna de Picasso e Matisse com os valores da arte contemporânea

A Phillips acaba de contabilizar seu maior volume de vendas na história da empresa.  Os US$ 135 milhões alcançados foram lideradas por um Picasso de US$ 57,8 milhões e uma escultura de Matisse de US $ 20,5 milhões. Ambos os trabalhos duplicaram suas estimativas. A casa também estabeleceu um recorde de artista de para Mark Bradford, com um trabalho vendido da coleção de John McEnroe por US $ 11,98 milhões.

Houve aplausos depois de uma disputa pela obra de Picasso através de seus potenciais compradores, tanto presentes na sala quanto pelo telefone. O martelo foi batido em £ 37 milhões para um licitante via telefone. A Phillips divulgou que o comprador é um colecionador anônimo privado. O preço oficial, com taxas, chegou a £ 41.859.000, ou US $ 57.819.837.

O CEO da Phillips, Ed Dolman, logo após o leilão, avaliou o resultado do evento como espetacular, depois de uma semana de sólidas vendas noturnas, com o mercado agora olhando para a próxima rodada de leilões em Nova York.

A qualidade dos lotes foi lapidada pela presidente da Phillips, Cheyenne Westphal (ex-chefe internacional de arte contemporânea da Sotheby’s), que se juntou à empresa em 2016. Ela saudou a venda de Mark Bradford, identificando-a como um dos destaques do mercado de arte.

As vendas na Phillips não ficaram muito longe do total da Sotheby’s de US$ 157,7 milhões, alcançados na véspera. Os lotes mais bem vendidos na semana anterior pelas grandes casas incluíram os autorretratos de Warhol por US$ 31,2 milhões na Christie’s e uma paisagem de Peter Doig, de US $ 19,9 milhões, na Sotheby’s.

Dina Amin, chefe de arte contemporânea e do século XX da Phillips, disse que o total excedeu o resultado do ano passado em quase sete vezes. Antes, o maior valor alcançado pelas vendas na casa havia sido em 2014, em Nova York, com US $ 131,5 milhões.

O grande lote desta vez foi a obra “La Dormeuse”, de Picasso, pintada em seu ano-chave de 1932. O leilão ocorreu no dia em que a Tate Modern abriu uma mostra devotada a este ano: “Picasso 1932 – Love, Fame Tragedy”. O retrato em grande formato de Marie-Thérèse Walter, musa do artista, estava estimado entre £ 12 e £ 18 milhões. O retrato permaneceu na coleção do artista até o fim de sua vida, quando foi herdado por sua viúva, Jacqueline Roque, e depois sua filha.

Nu allongé I (Aurore), c. 1908, Henri Matisse

Nu allongé I (Aurore), c. 1908, Henri Matisse

A venda veio imediatamente após “Nu allongé I” (Aurore) de Matisse. O trabalho, concebido em 1907 e lançado em 1908 em uma edição de 10, foi estimado em £ 5/7 milhões e gerou £ 14,859,000 com taxas. O comprador também foi um colecionador privado anônimo, embora aparentemente não tenha sido o mesmo comprador do Picasso.

"Helter Skelter I" - Mark Bradford, 2007

“Helter Skelter I” – Mark Bradford, 2007

O terceiro maior lote foi a obra de Mark Bradford, “Helter Skelter”, com 9,75 metros de largura. Estimado inicialmente entre £ 6/8 milhões, alcançou £ 8,67 milhões com taxas, superando um recorde de £ 3,83 milhões. O mural em cinza e prata, datado de 2007, é um exemplo de suas primeiras colagens em suportes mistos a partir de objetos descartados e encontrados pelas ruas de Los Angeles.

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