Total de venda em leilão cresce 25% em 2017, atingindo US$ 11,2 bilhões

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A arte contemporânea é a responsável pela recuperação do mercado, segundo o relatório ArtTactic

Apesar da queda de 9,3% nas consignações, as vendas globais nos leilões cresceram 25%, chegando a US$ 11,21 bilhões em 2017, de acordo com um novo relatório da ArtTactic, empresa de análise de mercado. A publicação avalia os números, que se referem aos resultados da Christie’s, Sotheby’s e Phillips, mas não inclui as vendas online, sugerindo que o mercado de leilões está em plena recuperação depois de cair em quase um terço entre 2014 e 2016.

Impulsionada pela venda de US$ 450 milhões referente a tela “Salvator Mundi” de Leonardo da Vinci, a Christie’s protagonizou a maior taxa de crescimento: 34%. A soma das vendas desta casa de leilões chegou a US$ 5,8 bilhões, em comparação com US$ 4,3 bilhões em 2016. A decisão da Christie’s de cancelar as vendas de arte pós-guerra e contemporânea em Londres, no mês de junho, no ano passado parece ter valido a pena. Ainda assim, a categoria teve a maior arrecadação, gerando US$ 1,47 bilhão – um aumento de 16,3% em relação ao ano anterior.

Já a Sotheby’s teve aumento de 15% na receita, de acordo com o relatório. As vendas totais da casa totalizaram US$ 4,69 bilhões, em comparação com US$ 4,08 bilhões em 2016. Os negócios tiveram crescimento maior em Londres, onde as vendas arrecadaram US $ 1,32 bilhão, um salto de 29,7% em relação a 2016.

Apesar dos investimentos pesados em pessoal e garantias financeiras, a Phillips não conseguiu lutar contra a cota de mercado de seus dois principais rivais (5,6% em 2017, em comparação com 5,5% em 2016). No entanto, as vendas de leilões cresceram 28% em 2017, atingindo US$ 624,4 milhões contra US$ 489,1 milhões em 2016.

Jean-Michel Basquiat’s Untitled (1982) vendido a Yusaku Maezawa por US$110.5m na Sotheby’s New York em maio de 2017

Arte contemporânea: carro-chefe

A arte pós-guerra e contemporânea foi o segmento líder de vendas em 2017, representando 29,3% do mercado. A arte impressionista e moderna ficou em segundo lugar com 21,5% de participação no mercado (acima dos 16,3% em 2016). Sem a venda de “Salvator Mundi”, o volume de negócios do mercado Old Master teria sido um pouco inferior ao de 2016.

Enquanto isso, o mercado londrino de leilões parece estar resistindo a incerteza causada pelo voto de Brexit. A capital do Reino Unido encerrou o ano com 24,2% de participação de mercado (em valor de vendas), levemente inferior aos 25% registrados em 2016. No entanto, as vendas em leilões cresceram de US$ 2,24 bilhões em 2016 para US $ 2,72 bilhões em 2017, um crescimento de 21,3%.

O domínio de Nova York continua intenso, com um aumento de 41,7% nas vendas globais, elevando sua participação de mercado para 48,7%. Em todo o mundo, Shanghai teve a maior oscilação, com um aumento de 42% nas vendas, enquanto Dubai teve a maior queda: -36%.

Via The Art Newspaper

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