MOCA exibe Anna Maria Maiolino em Los Angeles

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A primeira retrospectiva da artista nos EUA reúne cinco décadas do trabalho da brasileira

A exposição acontece no The Museum of Contemporary Art (MOCA), em Los Angeles, e apresenta um panorama das obras de Anna Maria Maiolino, abrangendo cinco décadas de sua produção.

Estarão em cartaz obras criadas desde a década de 1960, reunindo expressivas gravuras em madeira, esculturas viscerais em cimento, filmes e performances politicamente carregadas, desenhos fluidos e instalações monumentais de argila. A obra de Maiolino aborda tanto a repressão política (sua carreira foi inicialmente inspirada pela ditadura militar brasileira na década de 1960) quanto a alienação social.

Os visitantes poderão traçar um caminho através da história da arte brasileira e muitos dos principais movimentos pós-guerra, canalizados através da prática íntima e subjetiva de Maiolino explorando sua identidade como migrante, mãe e cidadã global.

Com curadoria de Bryan Barcena e Helen Molesworth, a exposição ocupa o MOCA até 22 de janeiro de 2018 e faz parte do “Pacific Standard Time: LA/LA”, uma série de exposições em múltiplas instituições que destacam a arte latino-americana e latina em Los Angeles.

Vista da exposição no MOCA

Sobre a artista

Anna Maria Maiolino é uma das mais influentes artistas brasileiras de sua geração. Nascida na Itália em 1942, imigrou com sua família para a Venezuela ainda adolescente. Em 1960, mudou-se para o Brasil para frequentar a Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro, onde começou a desenvolver um corpo de trabalho em diálogo com abstração, minimalismo e conceitualismo.

Seu trabalho foi profundamente influenciado pelo rescaldo da Segunda Guerra Mundial, a ditadura militar no Brasil e sua experiência como artista durante o período em que o que poderia ser chamado de arte mudou drasticamente.

A exposição abrangerá toda a carreira de Maiolino, desde a década de 1960 até o presente, reunindo as primeiras impressões, desenhos, filmes, performances e instalações experimentais, incluindo suas recentes instalações efêmeras em grande escala feitas com argila não cozida e laminada à mão.

O trabalho de Maiolino é capaz de traçar o curso dos movimentos que definem a história da arte brasileira, canalizados através de uma prática pessoal, psicologicamente carregada que projeta seu próprio caminho introspectivo, tanto quanto abre sobre grandes questões filosóficas de repetição e diferença, o transitório e o permanente, os problemas estéticos como o sólido e o vazio, e a relação íntima entre desenho e escultura.

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