Brasil leva menção honrosa em premiação da Bienal de Veneza

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Com a instalação “Chão de Caça”, de Cinthia Marcelle, o pavilhão nacional do Brasil foi um dos destaques da premiação

Durante a cerimônia de abertura da 57ª Bienal de Veneza, que aconteceu no Ca’ Giustinian, palácio ao lado da praça San Marco, foram anunciados os prêmios de melhor artista da mostra principal, melhor pavilhão nacional e também o Leão de Ouro pelo conjunto da obra – anunciado anteriormente e cedido à Carolee Scheemann.

O Leão de Ouro pela Melhor Participação Nacional foi para a Alemanha, “por sua instalação poderosa e perturbadora, que propõe questões urgentes sobre o nosso tempo. Ela empurra o espectador para um estado de ansiedade. Uma resposta original à arquitetura do pavilhão, a obra de Anne Imhof também se caracteriza por decisões precisas sobre objetos, imagens, corpos e sons”.

O prêmio de melhor artista da mostra também foi para um alemão, Franz Erhard Walther, de 77 anos, por sua instalação de tecido no Arsenale. Outros dois artistas receberam menções honrosas: o norte-americano Charles Atlas, 68 anos, que trabalha em Nova York; e o kosovar Petrit Halilaj, 31 anos, que vive e trabalha entre Bozzolo, Berlim e Pristina.

O Leão de Prata para um jovem artista promissor ficou com o egípcio Hassan Kahn, pelo “relacionamento especial e íntimo que seu trabalho estabelece com o espectador, a quem ele sugere uma conexão entre voz, som e horizonte. Sua instalação cria uma experiência imersiva que lindamente entrelaça o político e o poético”.

Parcial da instalação “Chão de Caça”, de Cinthia Marcelle

Parcial da instalação “Chão de Caça”, de Cinthia Marcelle

Menção Especial ao Brasil

O Brasil também teve seu Pavilhão Nacional destacado, recebendo uma Menção Especial pela instalação Chão de Caça, que “produz um espaço enigmático e desequilibrado, onde não podemos nos sentir seguros. Tanto a estrutura da instalação como o vídeo de Cinthia Marcelle, em parceria com o cineasta Tiago Mata Machado, evocam as preocupações da sociedade brasileira contemporânea”.

A obra da artista brasileira apresenta-se com um piso inclinado feito de grades de ventilação, onde pedras ficam presas, contornando suportes de madeira que sustentam pinturas em preto e branco sobre tecido de algodão. Complementa a obra um vídeo da “desconstrução” de um telhado por homens vestidos com uniformes de cores vivas, que criam um buraco por onde passam.

 

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