Turner Prize anuncia a lista de indicados de 2017

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Esta é a lista mais diversificada (e com maior média de idade) de toda a história da premiação

A Tate Britain revelou que os quatro artistas indicados ao Turner Prize 2017: Hurvin Anderson, Andrea Büttner, Lubaina Himid e Rosalind Nashashibi. Uma das grandes mudanças é que para este ano a antiga regra de que os indicados deveriam ter até 50 anos de idade foi abolida. E o notável é que os indicados ao prêmio de 2017 candidatos têm entre 43 e 62 anos. No ano passado, Helen Marten venceu o prêmio aos 31 anos de idade.

Emily Pethick, integrante do juri, disse que não houve um movimento consciente para escolher artistas mais velhos. “Nós realmente nos atentamos aos artistas que realmente achamos ter aprofundado suas práticas e estão em momentos realmente empolgantes; nós não estávamos realmente olhando para a idade”.

O Turner Prize, cujo objetivo declarado é “promover o debate público em torno das revelações na arte britânica contemporânea”, anualmente empolga e enfurece em igual medida. Este ano pode ser diferente, depois da escolha de dois pintores entre os indicados, o que pode agradar aos mais tradicionais.

Hurvin Anderson, Is it OK to be black? (2016)

Hurvin Anderson

Nascido em Birmingham em 1965 e trabalahndo em Londres, Anderson foi indicado pelas expoisções “Dub Versions” no New Art Exchange em Nottingham e “Backdrop” na Galeria de Arte de Ontário, no Canadá. Seu trabalho aborda questões políticas relacionadas à identidade e pertencimento. Influenciado pela história da arte e sua herança caribenha, o artista combina figuração e abstração para criar pinturas misteriosas e densas que abrangem retrato, paisagem e natureza-morta.

Vista da exposição “Gesamtzusammenhang” de Andrea Büttner na Kunsthalle Sankt Gallen

Andrea Büttner

Nascida em 1972 em Stuttgart, Büttner foi indicada pela exposiçõe “Gesamtzusammenhang” no Kunsthalle Sankt Gallen e sua individual na David Kordansky, em Los Angeles. Seu trabalho explora religião, moralidade e ética através de uma variedade de suportes, incluindo xilogravura, pintura, escultura, vídeo e performance. A artista alemã, que se divide entre Londres e Frankfurt, tem interesse pelo papel do amador na produção cultural.

Lubaina Himid, Naming the Money (2004) na “Navigation Charts”

Lubaina Himid

Himid foi indicada pelo seu trio de exposições amplamente aclamadas: as individuais “Invisible Strategies” na Modern Art Oxford e “Navigation Charts” na Spike Island em Bristol, e sua participação na exposição coletiva “The Place is Here”, na Nottingham Contemporary. Atualmente trabalhando em Preston, a artista nasceu em 1954 em Zanzibar, Tanzânia, e foi criada no Reino Unido. Seu trabalho tem esboçado questões de identidade pessoal e política através de instalações vívidas, pinturas e gravuras.

Still do vídeo “Vivian’s Garden” (2017) de Rosalind Nashashibi

Rosalind Nashashibi

Nascida em Croydon, Londres, em 1973, Nashashibi foi indicada pela sua individual “On This Island” na University Art Galleries da UC Irvine’s Claire Trevor School of the Arts, na Califórnia, e por sua participação na Documenta 14. A artista palestino-inglesa trabalha atualmente em Liverpool e sua prática está ligada principalmente ao campo da imagem em movimento. Em seus filmes, ela explora locais de ocupação humana – seja uma casa familiar ou a Faixa de Gaza – e as relações codificadas que se desenvolvem dentro deles, mostrando como os gestos íntimos ocorrem em ambientes controlados.

Este ano, a exposição dos trabalhos dos quatro artistas selecionados será exibida na na Ferens Art Gallery em Hull, como parte das celebrações do projeto UK City of Culture. A abertura está prevista para 26 de setembro.

O vencedor do Turner Prize 2017 será anunciado em 5 de dezembro, durante uma cerimônia de premiação.

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