FIAC 2016 chega com novidades e a presença de quatro galerias brasileiras

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Estreia de novos setores e expansão da feira podem ser uma resposta ousada e importante para enfrentar um cenário econômico desfavorável

A edição deste ano da Foire Internationale d’Art Contemporain (FIAC), realizada anualmente no Grand Palais, sem dúvida é uma das mais importantes em quatro décadas do evento. Em meio a condições instáveis do mercado de arte e um clima de incerteza econômica, a FIAC tomou uma atitude ousada ao expandir sua presença nesta 43ª edição: introduziu o novo setor On Site, com esculturas e instalações.

O novo setor vai ocupar o Petit Palais, localizado em frente ao setor principal da feira, que acontece até domingo (23). On Site irá apresentar cerca de 40 obras, de 35 artistas, tanto no interior da Galerie Sud, Pavillion Sud e Jardin du Petit Palais, quanto na esplanada em frente ao Petit Palais. O setor foi pensando para que as galerias pudessem exibir estas obras em um contexto de museu e não em seus estandes de feira.

Apesar do ambiente econômico pouco favorável, a FIAC atraiu um total de 186 galerias participantes, de 27 países – 13 galerias a mais do que no ano anterior, sendo 43 estreantes. Quatro galerias brasileiras marcam presença nesta edição: Luciana Brito, Fortes Vilaça, Mendes Wood DM e Luisa Strina.

Leia mais: Confira a lista de participantes desta edição

A feira continua a apoiar as galerias jovens no setor Lafayette, com apoio financeiro para que 10 galerias emergentes participem desta edição. As galerias, selecionadas por um júri independente, são: Galerie Allen (Paris), Arcade (Londres), Experimenter (Kolkata), Freedman Fitzpatrick (Los Angeles), Grey Noise (Dubai), Hollybush Gardens (Londres), joségarcía ,mx (México), Kraupa-Tuskany Zeidler (Berlim), Micky Schubert (Berlim) e TORRI (Paris).

Outra importante inciativa estreante na FIAC 2016 é a expansão para o Salon Jean Perrin, que vai abrigar nove galerias que apresentam exposições individuais de artistas do final do século 20, cujo trabalho tenha sido identificado como “atualmente passando por uma reavaliação crítica”: Endre Tót, Darío Villalba, Nil Yalter, Hessie, Irma Blank, Henri Chopin, William S. Burroughs, Tetsumi Kudo, Ilona Keserü e György Jovánovics.

Além disso, a FIAC também lança um programa de dança contemporânea, música e poesia, reforçando o seu apoio a práticas performáticas e interdisciplinares. Intitulado “Parades for FIAC”, o festival será realizado em diferentes locais ao redor do Grand Palais, incluindo o Salon D’Honneur e os pátios do Louvre.

A combinação de uma longa história, foco na qualidade, diversidade e uma extensa programação, ao lado de um núcleo forte de galerias, permitiu que a FIAC não apenas enfrentasse as condições enfraquecidas do mercado, mas também saísse ilesa de um período prolongado de distúrbios em toda a Europa.

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