Museu de Arte Sacra de São Paulo – Barro Paulista – 29/4/2014

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Barro Paulista

Barro Paulista

O Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS/SP, exibe Barro Paulista, com curadoria de Dalton Sala e expografia de Maria Alice Milliet, com abertura dia 29 de Abril, estendendo a amostra até 08 de Junho.  A mostra conta com cerca de 50 esculturas e tem como intenção reapresentar a arte colonial paulista do século XVII, a partir do acervo do MAS/SP, estudando e mostrando as imagens em terracota (ou barro cozido) feitas na Capitania de São Vicente, e depois na de São Paulo.

Em uma sociedade onde o poder emanava de ordens religiosas – especialmente jesuítas, franciscanos e beneditinos -, a produção de imagens sacras acompanhava a evolução dos costumes, as oscilações econômicas e as transformações sociais vividas pelos vicentinos e, posteriormente, pelos paulistas – a exposição detém um enfoque especial para a produção do período em que as expedições armadas (conhecidas como bandeiras paulistas) reconheceram, expandiram e defenderam o território colonial português -, tendo como destaques cinco esculturas: São Francisco Xavier, São Francisco de Paula, Nossa Senhora da Purificação, Santo Amaro e São Francisco das Chagas.

Para Dalton Sala, a escolha dos objetos a serem expostos ocorreu em função de uma tripla perspectiva: pelo valor histórico das peças, enquanto documentos significativos de um passado importante para a formação do Brasil; Pela importância do acervo do MAS/SP; E, por último, pelos valores estético e artístico conferidos em cada obra. Em suas palavras: “(…) essas imagens são a fina flor da arte paulista e muitas delas foram feitas entre os séculos XVI e XVII: ou seja, 100 ou 150 anos antes das imagens em madeira que caracterizam o período do ouro de Minas Gerais, conhecido vulgarmente como barroco mineiro. Além dessa antiguidade, deve-se ressaltar a raridade, pois as terracotas são bem menos numerosas que as imagens entalhadas em madeira”.

Barro Paulista

Barro Paulista

Assim, a proposta é reunir esta imaginária cotidiana da sociedade colonial, evidenciando não apenas seu valor como objetos estéticos e de culto, mas enfatizando os itens como documentos que nos permitem compreender tal época em seus múltiplos aspectos.

 

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