Galerias estrangeiras focam o Brasil em programação

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Enquanto as galerias estrangeiras fincam pé no Brasil, artistas do país estão na mira dessas mesmas casas para mostras no exterior.

Em maio, a White Cube abre em Londres uma individual da artista Jac Leirner, brasileira que passa então a ser representada pela galeria britânica fora do país.

Na mesma galeria, Marcius Galan vai participar de uma mostra em julho, mês em que o curador brasileiro Adriano Pedrosa estará à frente de um projeto para selecionar artistas emergentes que farão sua estreia numa das galerias mais badaladas do planeta.

Depois que a Gagosian fez, há dois anos, uma mostra de neoconcretistas brasileiros em sua filial de Paris, chegou a vez de a Pace montar, no início do ano que vem, em seu espaço de Londres, uma mostra de escultura brasileira dos anos 1970 em diante, ou seja, da geração pós-neoconcreta.

“Estou explorando a evolução da arte brasileira para além do projeto construtivo”, diz Ricardo Sardenberg, curador à frente da mostra na Pace. “Não é uma negação da arte construtiva, mas o momento de ruptura que abre para outros vocabulários.”

Em entrevista à Folha, o diretor da Pace em Nova York, Marc Glimcher, adiantou que gostaria de ter nessa mostra nomes como Cildo Meireles e José Bento, de quem já comprou obras.

“Será a primeira mostra de brasileiros”, diz Glimcher. “Mas já pensamos na próxima, só com pintores.”

Texto publicado originalmente na Folha de S. Paulo

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