Semana de alta energia em Londres: obras acima de US$ 3 mi, bons resultados cruzados e uma lista robusta de estandes esgotados

A edição 2025 da Frieze London e da Frieze Masters encerrou em clima de otimismo, com filas, público recorde e vendas acima do esperado. Reunindo mais de 280 expositores, as feiras mostraram desde arte antiga até experimentações contemporâneas, reforçando o vigor do cenário londrino. Entre colecionadores, galeristas e celebridades, o consenso foi claro: Londres segue como um dos centros mais vibrantes e comunitários da arte global.

Vendas de destaque na Frieze London

• White Cube liderou com Antony Gormley em £850 mil e duas obras de Tracey Emin em £425 mil e £95 mil. Vendas adicionais: Shao Fan em US$ 350 mil, dois Cai Guo-Qiang em US$ 280 mil e US$ 195 mil, nove obras de Marguerite Humeau entre £40 mil e £200 mil, Howardena Pindell em US$ 150 mil, duas telas de Sara Flores até US$ 115 mil e Tunji Adeniyi-Jones em US$ 90 mil.
• Thaddaeus Ropac: Rauschenberg por US$ 850 mil, Antony Gormley por £500 mil, Daniel Richter por €420 mil, Tony Cragg por €360 mil, Erwin Wurm por €330 mil, além de obras de Gilbert & George e Liza Lou.
• David Zwirner: Chris Ofili por US$ 700 mil, Steven Shearer por US$ 550 mil, duas telas de Lucas Arruda entre US$ 320 mil e US$ 350 mil, Elizabeth Peyton por US$ 300 mil, Lisa Yuskavage por US$ 180 mil, duas obras de Wolfgang Tillmans entre US$ 115 mil e US$ 250 mil.
• Karma: Manoucher Yektai por US$ 475 mil; ainda Reggie Burrows Hodges por US$ 350 mil e Gertrude Abercrombie por US$ 225 mil.
• Lisson Gallery: tapeçaria de Otobong Nkanga por US$ 600 mil. Tina Kim e Kukje relataram múltiplas vendas de Ha Chong-hyun (até US$ 550 mil).
• Pace vendeu oito obras de William Monk entre US$ 30 mil e US$ 295 mil.
• Sprüth Magers: George Condo por US$ 600 mil e obras de Gala Porras-Kim, Gary Hume e Anne Imhof.
• Olney Gleason fechou 17 vendas, com Robert Indiana a US$ 200 mil.
• Fortes D’Aloia & Gabriel vendeu diversas obras de Tadáskía a US$ 45 mil.
• Nara Roesler: quatro obras de Alberto Pitta na seção Echoes in the Present.

Frieze Masters: Históricos e Modernos

• Top price da feira: Gabriele Münter, Der blaue Garten (Mein Gartentor) de 1909, por CHF 2,4 mi, cerca de US$ 3,01 mi, no estande da Hauser & Wirth. No mesmo conjunto: René Magritte por US$ 1,6 mi, Paul Klee por €1,45 mi, Marcel Duchamp por US$ 1,35 mi, Alina Szapocznikow por US$ 1,2 mi, Man Ray por €380 mil, além de Ellen Gallagher por US$ 950 mil e Avery Singer por US$ 800 mil.
• Robilant+Voena vendeu uma obra de Lucio Fontana por €1,6 mi e outras duas obras de Fontana por €895 mil e €200 mil.
• Ben Brown Fine Arts reportou vendas de Fontana, Claude Lalanne e François-Xavier Lalanne entre US$ 300 mil e US$ 800 mil.
• Annely Juda: Vordemberge-Gildewart por £400 mil.
• Schoelkopf: múltiplos Andrew Wyeth entre US$ 40 mil e US$ 395 mil.
• Maruani Mercier: Dalí, Max Ernst e Picabia entre €200 mil e €300 mil.
• Piano Nobile: Michael Andrews por cerca de £200 mil e Walter Sickert por £150 mil a £180 mil.
• Stephen Friedman esgotou Anne Rothenstein com preços entre £40 mil e £75 mil.

Estandes sold out

• Timothy Taylor esgotou sua apresentação solo de Daniel Crews-Chubb, com obras entre £70 mil e £95 mil.
• Gagosian vendeu integralmente as obras da exposição individual de Lauren Halsey.
• El Apartamento vendeu tudo na Focus com Ariamna Contino e Alex Hernández, assim como Brunette Coleman, Ginny on Frederick, King’s Leap e Harlesden High Street.

Na Masters, além do sold out de Anne Rothenstein, a Gallery of Everything vendeu sete obras de Madge Gill, com aquisições pela Tate e pela National Portrait Gallery.

Em síntese, Londres confirmou tração de público e apetite seletivo. No contemporâneo, os melhores resultados concentraram nomes já desejados e narrativas sólidas. Na Masters, a hierarquia histórica sustentou os maiores tickets, com Münter e Fontana no topo. O clima é de confiança cautelosa, com galerias afinando preços e ampliando alcance institucional.