Em 2026, Hockney apresentará sua primeira exposição na Serpentine, com iPad paintings, a série Sunrise e “A Year in Normandy”, um friso de 90 metros
A Serpentine Galleries anunciou que David Hockney fará sua primeira exposição no espaço em 2026, ocupando a galeria North entre 12 de março e 23 de agosto. O artista britânico, hoje com 88 anos, apresentará trabalhos criados desde 2020 em sua casa na Normandia, muitos deles realizados em iPad durante o confinamento.
Entre os destaques está A Year in Normandy (2020–21), um friso de 90 metros inspirado na tapeçaria de Bayeux, que retrata a passagem das estações em sua propriedade francesa. A obra chega a Londres em momento oportuno: a tapeçaria original, considerada patrimônio frágil, será emprestada ao British Museum em 2026, após intensos debates sobre sua conservação.
Novas séries digitais e o apelo popular
O público poderá ver também as pinturas digitais da série Sunrise e os noturnos de Moon Room, que exploram o ciclo da luz e do tempo, temas recorrentes na trajetória do artista. Essas composições misturam cores planas e vibrantes a detalhes pop, refletindo o período de transição vivido durante e após a pandemia.
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A expectativa é de grande afluência, seguindo o padrão das últimas mostras de Hockney: a retrospectiva na Tate Britain em 2017 atraiu quase meio milhão de visitantes, e a exposição monumental na Fondation Louis Vuitton em Paris em 2024 estendeu seu horário devido à demanda.

A exposição incluirá imagens do iPad de Hockney, produzidas durante a pandemia de Covid-19 © David Hockney. Crédito da foto: Jean-Pierre Gonçalves de Lima
Hockney em evidência no Reino Unido
Além da Serpentine, a Annely Juda Fine Art abrirá seu novo espaço em Hanover Square com uma exposição dedicada ao artista (novembro de 2025 a fevereiro de 2026), apresentando trabalhos recentes que exploram a chamada “perspectiva reversa”. Essas obras revelam a busca de Hockney por romper limites tradicionais da pintura e aproximar a experiência visual da percepção cotidiana.
Com dois eventos de peso em sequência, Londres consolida seu papel central na celebração de um dos artistas mais populares e inovadores do século XX e XXI. A Serpentine, ao receber pela primeira vez Hockney, firma-se como palco de um momento histórico, unindo tradição e reinvenção digital na obra de um mestre ainda em plena produção.