Phillips aposta em taxas reduzidas para aquecer leilões da próxima temporada

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Phillips reduz taxas para lances antecipados em leilões presenciais e inaugura modelo inédito para atrair compradores e dar segurança a vendedores.

Com o mercado de arte operando em ritmo mais moderado, a casa de leilões Phillips anunciou uma medida inédita para seus leilões presenciais neste outono: uma redução significativa nas taxas aplicadas a lances escritos enviados com até 48 horas de antecedência. A proposta visa estimular o engajamento precoce de colecionadores e criar um ambiente mais vibrante durante os leilões.

O novo modelo prevê a redução da taxa do comprador em três faixas: de 29% para 25% em lances de até US$1 milhão, de 22% para 20% entre US$1 milhão e US$6 milhões, e de 14,5% para 13,5% acima de US$6 milhões. A mudança se aplica a todas as categorias com exceção dos relógios e poderá ser estendida para futuras temporadas.

Ajuste estratégico

O CEO Martin Wilson afirmou que a iniciativa é um “ajuste estratégico” que reforça o compromisso da Phillips com inovação e melhores resultados para seus clientes. “Nosso objetivo agora é fortalecer nossa posição incentivando o engajamento antecipado, fomentando lances mais animados e oferecendo maior segurança aos vendedores”, disse.

Para garantir o benefício, os lances devem atingir ou superar o valor mínimo estimado de cada lote. Se bem-sucedido, o comprador pagará a taxa reduzida, independentemente do valor final alcançado no martelo. A expectativa é que esse movimento impulsione a energia dos primeiros momentos de cada venda, o que pode influenciar positivamente a dinâmica geral do leilão.

Outras casas também vêm adaptando suas estratégias diante da desaceleração do mercado. A Sotheby’s, por exemplo, tem apostado em vendas de coleções únicas, garantias de terceiros e novos mercados como a Arábia Saudita, onde recentemente aceitou criptomoedas em um leilão em Riad. Já a Christie’s divulgou vendas de US$2,1 bilhões no primeiro semestre de 2025, com destaque para o segmento de luxo, que cresceu 29% em relação ao ano anterior e representa cerca de um quarto do total.

Apesar da leve queda de 2% nas vendas de arte moderna e contemporânea, a categoria de Old Masters teve um salto de 15%, e o crescente interesse por artistas mulheres continua a redesenhar o cenário atual do colecionismo.

A nova política da Phillips demonstra como a agilidade e a criatividade seguem sendo fundamentais para manter o entusiasmo do mercado e responder às mudanças no comportamento dos colecionadores globais.

Via Ocula Magazine

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