Ai Weiwei e artistas consagrados estão em exposição na 14ª edição do Sculpture in the City, que transforma Londres em galeria pública com obras e ativações gratuitas
A 14ª edição da exposição anual Sculpture in the City foi oficialmente inaugurada em Londres, consolidando-se como uma das principais iniciativas de arte pública contemporânea do Reino Unido. Em cartaz de julho de 2025 até a meados de 2026, a mostra gratuita apresenta novas obras de artistas renomados como Ai Weiwei, Andrew Sabin e o duo Jane and Louise Wilson, ampliando o diálogo entre arte e paisagem urbana.
O destaque principal é Roots: Palace, escultura em ferro fundido de Ai Weiwei instalada na St Botolph com Bishopsgate. Criada em colaboração com artesãos brasileiros a partir de raízes da árvore Pequi Vinagreiro, a obra evoca exílio, deslocamento e resistência, ao mesmo tempo em que celebra técnicas ancestrais como o molde de cera perdida. A composição orgânica e mitológica do artista cria um ponto de tensão entre natureza e arquitetura.
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Já a dupla Jane and Louise Wilson apresenta Dendrophiles, uma instalação localizada sob as escadas rolantes do Leadenhall Building. A obra une imagens microscópicas de DNA com escaneamentos 3D de carvalhos com mais de 2 mil anos, escavados em 2012 no local da atual sede da Bloomberg. O projeto questiona a perda de saberes manuais e a necessidade de transmitir conhecimentos entre gerações, conectando passado e presente com sensibilidade arqueológica.
‘Looping Loop’ de Andrew Sabin © Cortesia do artista e Brooke Benington. Foto © Nick Turpin
Looping Loop, de Andrew Sabin, está posicionada em frente ao número 70 de St Mary Axe. Criada a partir de moldes feitos com margarina, a escultura se destaca pela textura viva e paleta vibrante, explorando ritmo e movimento em forma contínua.
Além das novas obras, seis esculturas de edições anteriores da Sculpture in the City permanecem em exibição, junto a duas aquisições permanentes, reforçando o impacto duradouro do programa no cenário artístico da capital britânica. Segundo Stella Ioannou, diretora artística da exposição, “a cidade se torna não apenas um palco, mas uma colaboradora ativa do trabalho”.
A programação inclui ainda ativações culturais até 2026, como silent disco, oficinas criativas, tours guiados, atividades infantis e debates sobre arte e bem-estar, incluindo uma mesa redonda no Dia Mundial da Saúde Mental. Um guia multimídia estará disponível no app gratuito Bloomberg Connects, e a parceria com o MSCTY permitirá vivências sonoras inspiradas pela arquitetura local.
A exposição é totalmente gratuita e acessível 24 horas por dia, todos os dias da semana. Entre os parceiros estão Bloomberg, City of London Corporation, Aviva, Brookfield, e outros. O projeto também integra a London Sculpture Week, prevista para setembro, em parceria com Frieze Sculpture e o Fourth Plinth Programme.
