Koyo Kouoh, pioneira na arte africana e curadora da Bienal de Veneza 2026, morre aos 57 anos

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Koyo Kouoh, pioneira na curadoria africana e diretora do Zeitz MOCAA, faleceu aos 57 anos, deixando um legado transformador na arte contemporânea

Koyo Kouoh, nascida em Douala, Camarões, em 1967, e criada em Zurique, Suíça, iniciou sua carreira no setor bancário antes de migrar para o mundo da arte. Em 2008, fundou a RAW Material Company em Dakar, Senegal, um centro dedicado à residência artística e ao debate cultural. Seu trabalho ganhou destaque internacional, culminando em sua nomeação como diretora executiva e curadora-chefe do Zeitz Museum of Contemporary Art Africa (MOCAA) na Cidade do Cabo, em 2019 .

No Zeitz MOCAA, Kouoh revitalizou a instituição, promovendo exposições que celebravam a diversidade e a riqueza da arte africana contemporânea. Um de seus projetos mais notáveis foi “When We See Us: A Century of Black Figuration in Painting”, que explorou a representação negra na pintura ao longo de um século, reforçando narrativas afro-diaspóricas no cenário artístico global .

Legado e Contribuições Inestimáveis de Koyo Kouoh

Em dezembro de 2024, Kouoh foi nomeada curadora da 61ª Bienal de Veneza, marcada para 2026, tornando-se a primeira mulher africana a ocupar esse cargo. Sua nomeação foi vista como um marco na promoção de perspectivas africanas no circuito artístico internacional .

Infelizmente, Kouoh faleceu subitamente em 10 de maio de 2025, aos 57 anos, em Basileia, Suíça, devido a um câncer recentemente diagnosticado . Sua morte gerou comoção no mundo da arte, com instituições e artistas lamentando a perda de uma líder visionária e defensora da arte africana.

Kouoh deixa um legado duradouro, não apenas por suas realizações institucionais, mas também por sua abordagem ética e colaborativa na curadoria. Ela acreditava na importância de empoderar artistas locais antes de buscar reconhecimento global, enfatizando a necessidade de espaços de liberdade e reflexão na prática artística .

Sua contribuição para a arte contemporânea africana e global permanece como um farol para futuras gerações de curadores, artistas e entusiastas da arte, inspirando uma abordagem mais inclusiva e representativa no mundo das artes.

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