Retrospectiva de Leonilson no Itaú Cultural

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Leonilson

Pintura de Leonilson de 1988

De 17 de março a 29 de maio, o Itaú Cultural apresenta Sob o Peso dos Meus Amores, exposição retrospectiva de Leonilson que revela ao público a trajetória deste grande expoente da arte contemporânea – morto precocemente em 1993, aos 36 anos. Com curadoria conjunta de Ricardo Resende e Bitu Cassundé, a mostra cujo nome faz referência a um de seus trabalhos, traz facetas pouco conhecidas do artista, além de obras representativas – em uma mescla de desenhos, bordados, cadernos e suas coleções de globos, mapas, brinquedos. Destaque para o autoretrato Mirror – assemblagem de feltro bordado e com costura, realizado por ele nos anos 70 –, e a vinda pela primeira vez ao Brasil da coleção do também artista e grande amigo Albert Hien.

Pela sua dimensão e importância, esta coleção vinda de Munique ocupa todo o primeiro subsolo do espaço expositivo do instituto e apresenta 71 obras – quatro de autoria de Hien, 66 assinadas por Leonilson, e uma instalação nunca antes exibida no país: How to Rebuild at Least One Eight Part of the World feita a quatro mãos pelos dois amigos. A maioria das obras são inéditas.

Um dos expoentes da chamada Geração 80, Leonilson se firmou como um dos destaques no panorama cultural brasileiro no início da década de 1990. Com a sua obra contundente, expressou em seus desenhos, pinturas, bordados, esculturas e instalações os dramas e as angústias do homem contemporâneo.

A exposição

No total são 318 obras – 313 do próprio artista, entre seus trabalhos e também objetos de arquivo, agendas e cadernos, quatro de Albert Hein e uma assinada pelos dois – apresentadas nos três andares (primeiro andar, primeiro e segundo subsolos). Uma delas, Instalação sobre duas figuras / Instalação na Capela do Morumbi é reapresentada na Capela do Morumbi. Trata-se do último trabalho criado pelo artista, em 1993, que não chegou a vê-lo montada, pois faleceu antes da inauguração da exposição.

No Itaú Cultural, o público percorre a trajetória do artista por meio de uma linha do tempo, aprecia seus principais trabalhos, além de seus cadernos e agendas nunca antes levadas a público que, digitalizadas, podem ser manuseadas pelo visitante. Todas estas peças provêm de coleções particulares, de museus e do Projeto Leonilson – criado em 1993 por um grupo de familiares e amigos do artista com a finalidade de pesquisar, catalogar e divulgar a obra, visando a realização de um catálogo geral de sua produção artística.

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