Rubem Ludolf (1932 – 2010)

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Telas pintadas na última década

Ludolf nasceu em Maceió, Alagoas, em 1932. Morou no Rio de Janeiro até sua morte, ocorrida segunda-feira, 26 de julho, por complicações hospitalares. Autodidata no início da carreira artística, em meados da década de 1950, foi aluno de Ivan Serpa no Curso Livre de Pintura do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ). Junto com Lygia Clark, Hélio Oiticica, Aluísio Carvão e Lygia Pape, integrou o Grupo Frente, com o qual participou da 3ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1955, retornando à mostra em outras cinco edições, entre 1959 e 1973, recebendo o Prêmio Aquisição no ano de 1967.

Sua última individual “Diálogos”  foi aberta, com a presença do artista no dia 9 de junho no Gabinete de Arte Raquel Arnaud e foi prorrogada até o dia 31 de julho, sábado.

A mostra, que tem curadoria do crítico e pesquisador Cauê Alves , reúne cerca de 25 obras recentes de Ludolf. São óleos sobre tela e guaches sobre papel produzidos a partir dos anos 2000 (com exceção de uma caixa de acrílico datada de 1972).

“As pinturas de Rubem Ludolf feitas na última década, como o próprio artista nomeia, são diálogos. (…) Em suas telas, a conversa se estabelece a partir de cores que parecem discordar completamente umas das outras. Os contrastes são acentuados e os tons complementares, com frequência, são postos lado a lado. Cada cor, entretanto, respeita plenamente seu limite, uma jamais invade a área da outra, e isso também é o que garante o equilíbrio de suas pinturas. Para cada forma geométrica costuma haver outra equivalente que mantém o jogo de forças estável. Nenhuma cor ou forma quer aniquilar a outra, ao contrário, elas dependem plenamente umas das outras para existirem” , explica o curador.
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